VENDAS DE R$ 1,2 BILHÃO

PF realiza operação contra suspeitos de fornecer 43 mil armas para facções brasileiras

A corporação cumpre 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai

São cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai
Diego Hernan Dirísio é o principal alvo da operação da PF; ele ainda não foi localizado (Crédito: Investigação Internacional)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (5) operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país: Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho; o volume movimentado é de R$ 1,2 bilhão.

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São cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai — onde está o principal alvo da operação, Diego Hernan Dirísio, ainda não foi encontrado. Ele é considerado pela PF o maior contrabandista de armas da América do Sul; cinco suspeitos já foram presos no Brasil e 11 no Paraguai.

A Justiça da Bahia, que está à frente da operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, devem ser extraditados para o Brasil.

A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.

Em 2023, a cooperação internacional que resultou na operação desta terça-feira aponta que um homem argentino, dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

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Após a efetivação da compra, as armas eram vendidas para facções brasileiras, em especial de São Paulo e do Rio de Janeiro. O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.

As investigações indicam ainda que havia corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema.

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