A Polícia Federal (PF) instaurou nesta sexta-feira (25) um inquérito para investigar se houve favorecimento ilegal a pastores através de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O inquérito foi aberto a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU). A CGU enviou na quinta-feira (24) à PF o resultado de uma sindicância interna que apontou supostas fraudes na distribuição de verbas da Educação.
As suspeitas de corrupção dentro do Ministério da Educação vieram à tona após o jornal “Folha de S. Paulo” ter divulgado um áudio do ministro Milton Ribeiro, em reunião com prefeitos, dizendo que repassa verbas a municípios apontados por pastores. Na gravação, Ribeiro disse ainda que atende o pleito dos pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Logo após a divulgação do áudio, diversos prefeitos alegaram que receberam ofertas de propinas dos pastores para facilitar a liberação das verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Outras investigações sobre o caso
Esse é o primeiro inquérito que apura denúncias sobre repasses indevidos de verbas do Ministério da Educação a tramitar oficialmente na PF. Outro inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República, deve ser aberto pela PF nos próximos dias.
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— STF (@STF_oficial) March 24, 2022
A ministra Cármen Lúcia, atendendo a pedido da PGR, determinou a instauração de Inquérito (INQ 4896) contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para apurar denúncias de tráfico de influência na liberação de verbas oficiais do FNDE e do MEC.
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