JUSTIÇA FEITA

Policiais acusados da morte de Genivaldo Santos são presos

Agentes foram indiciados por abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.

Genivaldo foi morto numa “câmara de gás” criada dentro da viatura da PRF. (Reprodução/Redes sociais)

O Presídio Militar de Sergipe confirmou nesta sexta-feira (14) a prisão dos três policiais rodoviários federais acusados de terem provocado a morte de Genivaldo Santos. O encarceramento foi pedido após o Ministério Público Federal denunciar os agentes pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.

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Genivaldo foi morto no dia 25 de maio deste ano, no município de Umbaúba, cidade do Sul sergipano, após ter sido abordado por policiais rodoviários federais por estar pilotando uma moto sem capacete. Durante a ação policial, ele foi trancado no porta-malas da viatura dos agentes, que atiraram granadas de gás lacrimogênio dentro do veículo enquanto o impediam de fugir. A certidão de óbito apontou asfixia e insuficiência respiratória como causa da morte.

Segundo a perícia, Genivaldo foi submetido à tortura por 11 minutos até os pulmões colapsarem.

William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento, os policiais envolvidos na ação, foram indiciados pela Polícia Federal por homicídio qualificado e abuso de autoridade. O MPF pediu para que o sigilo envolvendo o caso e o nome dos acusados fosse retirado na última segunda-feira (10).

Na época do assassinato, protestos surgiram no Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo pedindo justiça pela morte de Genivaldo. O crime foi filmado por testemunhas e exposto na internet.

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