Campo Grande

Praga urbana: Clima chuvoso e quente acende alerta para infestação de escorpiões

Em dois meses de 2024, CCZ recolheu 96 escorpiões

Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 163 acidentes com picadas de escorpiões em Campo Grande.
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Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 163 acidentes com picadas de escorpiões em Campo Grande, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). As recentes chuvas e sol durante outono, clima quente e úmido, favorecem o aparecimento do animal peçonhento, principalmente em pontos com a rede conectada a esgoto.

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O número de exemplares do animal entregues ou recolhidos ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para identificação varia, com maior incidência em 2020. Um breve levantamento da Sesau mostra que a região que apresenta maior incidência de casos de acidentes é a do Anhanduizinho.

Com isso, acende-se o alerta para o aparecimento de escorpiões nas residências, o que pode ocasionar acidentes graves, até mesmo com óbitos. Com total de 3.623 ataques de escorpiões de janeiro a novembro de 2023, Mato Grosso do Sul registrou média de cinco acidentes todos os dias durante o período, número 13,04% maior que em todo 2022.

O que favorece o surgimento do animal?

Conforme ex-diretor científico do Instituto Vital Brazil e aluno de doutorado do Icict/Fiocruz (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Osvaldo Cruz), Claudio Maurício Vieira de Souza, o escorpião é uma praga urbana responsável pelo maior número de casos de intoxicação humana na área urbana brasileira.

Conhecido como escorpião-amarelo, o biólogo destaca que o Tityus serrulatus, típico no Centro-oeste, está listado como principal “vilão” em acidentes graves, principalmente, em crianças e idosos, pacientes mais vulneráveis ao veneno.

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“Essa é uma das espécies mais venenosas que existem e vem se espalhando em áreas urbanas porque, entre outras coisas, prolifera facilmente e estaria ocupando o lugar de escorpiões menos nocivos”.

O artrópode é atraído por locais habitados por baratas, a principal refeição do escorpião. Logo, a espécie se adapta muito bem à vida no subterrâneo das cidades e, quando buscam um abrigo provisório, acabam subindo pelas tubulações de esgoto, ralos de pias, canos e até caixas de gordura. Ou seja: ambientes úmidos, escuros e com insetos são chamariz para a infestação.

* Leia a matéria completa em Mídia Max.

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