sob investigação

Prefeitos presos em Santa Catarina: em três dias, estado já tem o segundo detido

A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) tem como alvo um esquema de corrupção relacionado à contratação de serviços de limpeza urbana na cidade

Em um intervalo de três dias, as autoridades detiveram dois prefeitos em Santa Catarina. O estado, ao longo de um ano e dois meses, já contabiliza um total de 18 prefeitos presos.
Pessoa presa (representação) – Crédito: Domínio Público/PX Here

Em um intervalo de três dias, as autoridades detiveram dois prefeitos em Santa Catarina. O estado, ao longo de um ano e dois meses, já contabiliza um total de 18 prefeitos presos. A polícia capturou nesta sexta-feira (26) em Florianópolis o prefeito Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte, localidade do Oeste de Santa Catarina. Além disso, as autoridades investigam dois filhos e um secretário municipal.

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A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) tem como alvo um esquema de corrupção relacionado à contratação de serviços de limpeza urbana na cidade. Além disso, a operação resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

Antes de Ari Bagúio, Douglas Elias Costa (PL), prefeito de Barra Velha, já havia sido preso na quarta-feira (24) em outra operação voltada para o combate a corrupção e fraudes em licitações. Vale ressaltar que os 16 casos anteriores estavam relacionados à Operação Mensageiro.

O esquema que desencadeou nos prefeitos presos

Os nomes dos indivíduos investigados não vieram a público, mas o esquema do crime sim. A princípio, os agentes públicos sob investigação orientavam indivíduos interessados em fornecer serviços de limpeza urbana no município a contratar escritórios de contabilidade previamente designados. Depois, eles exigiam a contrapartida ilegal de pagamento de 10% dos valores que esses prestadores de serviços recebiam do município, sendo esses pagamentos considerados vantagens indevidas mensais.

Essa prática visava fazer com que uma parte do dinheiro destinado pelo município aos contratados para a limpeza da cidade retornasse aos próprios agentes públicos sob investigação. Como resultado, os envolvidos enriqueciam de maneira ilícita. Ainda, o montante chegou a um valor próximo de R$ 100 mil.

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Além do Gaeco, a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) participaram da operação. O GEAC é responsável por conduzir investigações e processos judiciais relacionados ao combate à corrupção. Após a execução dos mandados, as autoridades encaminharão os detidos ao Fórum da cidade próxima de Curitibanos para a realização da audiência de custódia.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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