As buscas pelos presos fugitivos de Mossoró (RN) adentraram uma nova fase. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) dispensou as equipes da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) que estavam no município para ajudar na captura dos detentos.
A decisão faz parte de uma mudança de estratégia, que irá favorecer ações de inteligência em detrimento das buscas físicas. A reorientação aconteceu 47 dias após a fuga de Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (apelidado de Deisinho).
André Garcia, secretário Nacional de Políticas Penais, do MJSP, enfatizou que as buscas não serão encerradas. “Neste momento, o mais importante é o foco nas investigações da Polícia Federal, mas com a permanência de forças locais, com intensa atuação das polícias Militar e Civil”.
A Polícia Federal acredita que é uma questão de tempo até os fugitivos se reconectarem com a civilização. Portanto, a próxima prioridade será o rastreio de Tatu e Deisinho.
Fuga de Mossoró parte 2: Agora, é menos policiamento ostensivo e toda a aposta em inteligência, monitoramento. Integrante do Judiciário detalha pq a missão já começou inglória: “Não é fácil começar uma busca quando o alerta de fuga chega SEIS horas depois do crime”
— Daniela Lima (@DanielaLima_) March 28, 2024
De acordo com o ministério, a estratégia também perpassa a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e a Polícia Penal. Isso explica a saída dos 100 agentes e 20 viaturas que atuavam presencialmente em Mossoró até semana passada.
Ao mesmo tempo, a Polícia Rodoviária Federal continuará a apoiar as operações. Similarmente, a Força Nacional Pena permanecerá na cidade vigiando a penitenciária.
No dia 14 de fevereiro, os presos escaparam da penitenciária federal. Foi a primeira fuga desta natureza registrada na história do sistema federal brasileiro.
Um mês depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoski, elaborou um conjunto de medidas para capturar os foragidos e aumentar o nível de segurança nas 5 prisões federais do país.