
Em agosto, o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil enfrentarão um período de chuvas abaixo da média e temperaturas extremamente altas. O fenômeno é atribuído à fase negativa da Oscilação Antártica, efeito causado por eventos na estratosfera terrestre. Julho de 2024 já foi marcado por condições climáticas severas, com forte calor e seca predominando. A continuidade desses eventos em agosto preocupa autoridades e moradores dessas regiões.
O Brasil Central vive um cenário complicado, com racionamento de água em vários municípios do interior. Além disso, o elevado consumo de energia elétrica, devido ao uso constante de ar-condicionado e ventiladores, encarece as contas, impactando ainda mais a população. As previsões indicam que essas dificuldades se estenderão até o início de setembro, pelo menos.
Qual será o impacto das temperaturas elevadas em agosto?
Com base nas previsões climáticas do modelo ECMWF, as temperaturas em agosto de 2024 serão bastante altas no Centro-Oeste e em grande parte do Sudeste. Em muitas cidades dessas regiões, os termômetros passarão facilmente dos 35 °C.
Diferentemente dessas áreas, a Região Sul terá temperaturas mais amenas devido à atuação de massas de ar frias. Mesmo o litoral paulista sentirá um pouco dessa influência, enquanto no interior do estado, a situação será semelhante ao Brasil Central. Regiões do Norte e Nordeste também enfrentarão calor intenso durante o mês.
Por que agosto terá pouca chuva?
A previsão para as chuvas não é animadora. A primeira quinzena de agosto trará alívio somente para algumas áreas do litoral, desde Santa Catarina até a Bahia.
Entretanto, no interior do país, o tempo seco vai prevalecer. Durante a semana de 19 a 26 de agosto, as chuvas ficarão abaixo da média no Brasil Central. Esse padrão deve se manter até o início de setembro, elevando os riscos de baixa umidade do ar e problemas de saúde relacionados.
Como a Oscilação Antártica afetará o clima de agosto de 2024?
As condições climáticas previstas para agosto de 2024 são resultados da fase negativa do Modo Anular Sul, conhecida como Oscilação Antártica (AAO). Esse fenômeno é influenciado por variações de temperatura na estratosfera, que atingem cerca de 30 quilômetros de altura.
Quando a estratosfera aquece, pode forçar a AAO para uma fase negativa, resultando em menos chuvas e temperaturas mais altas. Esse impacto é observado dias depois na superfície terrestre, afetando diretamente o Brasil Central. Estudos indicam que essa dinâmica será particularmente forte em agosto, trazendo as condições climáticas adversas que estamos prevendo.
Como a escassez de chuva afetará o clima na segunda quinzena de agosto?
A escassez de chuva se intensificará na segunda quinzena de agosto. Segundo modelos climáticos, após o dia 19, as precipitações estarão abaixo da média, contribuindo para o predomínio do tempo seco e quente.
Essa situação requer que a população tome precauções, como hidratação constante e evitar exercícios físicos ao ar livre nas horas mais quentes do dia. A baixa umidade do ar pode causar problemas respiratórios e outros desconfortos de saúde, especialmente em crianças e idosos.
O que esperar após agosto?
Os modelos de previsão climática do ECMWF sugerem que o calor continuará nos próximos meses, embora o padrão de chuvas deva mudar. A partir de setembro, e especialmente em outubro, as chuvas podem voltar gradualmente, com acumulados próximos ou acima da média para essa época do ano.
Essa mudança coincide com a previsão do estabelecimento da La Niña, fenômeno climático que pode trazer chuvas mais regulares. Além disso, prevê-se uma redução no aquecimento da estratosfera, o que pode enfraquecer a fase negativa da Oscilação Antártica e resultar em um início de primavera mais promissor, com chuvas mais abundantes.
Como se preparar para o calor e a baixa umidade em agosto?
Para lidar com as altas temperaturas e a baixa umidade, é crucial seguir algumas medidas:
- Hidratação: Beber bastante água ao longo do dia.
- Proteção Solar: Usar protetor solar, roupas leves e chapéus.
- Ambientes Ventilados: Manter a casa arejada e usar ventiladores ou ar-condicionado com moderação.
- Evitar Horários de Pico: Não praticar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h.
Com essas medidas, é possível amenizar os efeitos do clima adverso previsto para agosto de 2024 no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
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