Conhecida como “japa do crime”, Karen de Moura Tanaka Mori está presa desde a última quinta-feira (8). Karen é viúva de um líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela teria assumido os negócios do marido.
No momento da prisão na residência, agentes encontraram um carro de luxo e mais de R$ 1 milhão, além de US$ 50 mil.
A prisão da “japa do crime” foi convertida de flagrante a preventiva. A decisão foi do juiz Fábio Pando de Matos, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que alegou que Karen “não apresenta condições financeiras compatíveis” com os bens apreendidos na casa dela.
Quem é a “japa do crime”?
A “japa do crime” atuava na lavagem de dinheiro da organização, em cidades como Santos, Cubatão e Guarujá, na Baixada Santista, e também na cidade de São Paulo, de acordo com a Polícia Civil.
A princípio, ela usava comércios na área da beleza, de imóveis, e uma empresa do seu irmão para lavar o dinheiro da facção.
A investigação começou em junho de 2023. Nesse sentido, a polícia afirma que todos os indícios coletados apontam que ela é a responsável por lavar grande parte do dinheiro da facção criminosa na Baixada Santista.
“Os relatórios de informações financeiras obtidos pela Polícia Civil indicam que a suspeita movimentava milhões de reais da facção para ocultar a origem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas”, disse o delegado-geral Artur Dian.
O marido da “japa do crime“, Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, morreu durante guerra interna da facção em 2018, segundo a CNN. O casal tem um filho, hoje com 12 anos de idade.
Para a Polícia Civil, Karen afirmou desconhecer os trabalhos ilícitos do marido. Além disso, ela afirmou que nunca recebeu qualquer quantia financeira vinda dele e que não conhece nenhum integrante de organização criminosa, inclusive do PCC.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini