dormindo na calçada

Quem são as mulheres que estão morando há 3 meses em McDonald’s do Leblon?

Mãe e filha já recusaram ajuda de moradores, policiais e equipes enviadas pela prefeitura

mcdonald's
Mulheres estão morando dentro de McDonald’s no Leblon há cerca de três meses – Créditos: Reprodução/CBN

Duas mulheres – mãe e filha – estão morando no McDonald’s do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, há três meses, de acordo com a rádio CBN. Cercadas de malas grandes, passam o dia no local e dormem sentadas na calçada enquanto esperam a loja abrir.

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A unidade fica a poucos metros do mar, em uma das áreas com o metro quadrado mais caro do RJ. Fontes ouvidas pela CBN contaram que as mulheres têm roupas limpas, possuem dinheiro para comprar comida e estão com celulares.

Até o momento, elas não aceitaram a ajuda de ninguém. Vizinhos, funcionários da prefeitura e até mesmo policiais militares já ofereceram amparo, mas todos foram dispensados pela mãe e  sua filha.

Suzane Geremia, que aparenta ter 50 anos, e sua filha, Bruna Geremia, de possivelmente 30 anos, afirmam que são do Rio Grande do Sul, mas moram no Rio de Janeiro há oito anos. Em uma conversa com um repórter da CBN, Suzy disse que elas estão em busca de um apartamento para alugar no Leblon por até R$1200 e, enquanto não encontram o espaço, preferem não gastar dinheiro.

Em uma conversa com a equipe da Segurança Presente, programa de proteção no bairro, as mulheres chegaram a relatar que o marido de Bruna estava em Paris. A família iria alugar um imóvel assim que ele voltasse.
Pessoas que já trabalharam com Bruna em uma barraca de praia em Ipanema a descreveram como “fechada” e “misteriosa”. “A gente ficava com um pé atrás, pois ela sempre falava que tinha um curso e saía mais cedo”, disse um ex-colega de trabalho à CBN. Na época, a mulher havia dito que estava vivendo na Rodoviária do Rio com a mãe depois de ter sido despejada de um apartamento em Copacabana.

Bruna chegou a trabalhar em um quiosque do Leblon em janeiro deste ano, mas foi dispensada no período de experiência. Ex-colegas falaram que poucas pessoas “podiam” se aproximar dela para conversar. “Ela se fechava completamente, tinha o próprio mundo e não queria chegar perto de ninguém”, disse um ex-colega que não quis se identificar.

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Histórico de calote

Um vendedor ambulante que atua na esquina do McDonald’s reconheceu as mulheres da época em que trabalhava em um hotel em Copacabana, e contou à CBN que elas saíram sem pagar em 2022. “Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, afirmou o vendedor.

Outra pessoa que trabalhou na gerência do hotel na mesma época confirmou a história, explicando que a direção não denunciou o caso à polícia para evitar exposição.

Na época, o caso de Bruna e Suzy foi postado em perfis de notícias de bairros do Rio. Nos comentários, usuários alegam que elas já passaram uma temporada no Aeroporto Internacional Tom Jobim e no parque Jardim de Alah.

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