
Em dois anos, o número de registro de crianças e adolescentes desaparecidos no Rio de Janeiro, RJ, praticamente dobrou. Segundo a Fundação da Infância e Adolescência (FIA-RJ), foram 90 casos em 2019 e 172 este ano — até a última terça-feira (21) —, um aumento de 91%. A boa notícia é que nove a cada 10 acabaram encontrados ou voltaram para casa.
Três famílias da Baixada Fluminense, porém, esperaram por meses pelo retorno de seus filhos e descobriram, muito tempo depois, que eles foram mortos por traficantes. São os meninos de Belford Roxo, que há exatamente um ano saíram de casa para nunca mais voltar.
No dia 27 de dezembro do ano passado, Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, que tinham 9, 11 e 12 anos, respectivamente, desapareceram depois que saíram de casa para jogar futebol na comunidade Castelar, em Belford Roxo.
De acordo com as investigações da DHBF, as crianças foram condenadas por um tribunal do tráfico de drogas por um suposto roubo de passarinho — não se sabe se no mesmo 27 de dezembro ou dias depois.
Eles passaram por uma sessão de tortura tão violenta que um deles acabou morrendo. Para não deixar pistas, os outros dois foram executados. Os corpos foram jogados em um rio.
De acordo com os registros dos casos cadastrados na Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), no entanto, muitas famílias reencontram seus filhos.
Em dois anos, o número de registro de crianças e adolescentes desaparecidos no Rio de Janeiro, RJ, praticamente dobrou, Marcelo Freixo alertou sobre em suas redes sociais:
”Os traficantes que torturaram e assassinaram os meninos de Belfor Roxo têm que ser identificados e punidos.”
Os traficantes que torturaram e assassinaram os meninos de Belford Roxo têm que ser identificados e punidos. Lucas (9 anos), Alexandre (11) e Fernando (12) foram executados por causa de uma gaiola de passarinho. O Rio de Janeiro não pode continuar refém da violência do crime.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) December 9, 2021