Justiça de SP

Renato Cariani vira réu por tráfico de drogas

O influencer, que possui mais de sete milhões de seguidores, era sócio da empresa farmacêutica Anidrol

A Justiça de Diadema, em São Paulo, aceitou as denúncias e tornou rés cinco pessoas, dentre as quais está o influencer fitness Renato Cariani. Ele, agora, responde às acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais.
Decisão foi tomada pela Justiça de Diadema – Créditos: Instagram/Reprodução

A Justiça de Diadema, em São Paulo, aceitou as denúncias e tornou rés cinco pessoas, dentre as quais está o influencer fitness Renato Cariani. Ele, agora, responde às acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais.

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O influencer, que possui mais de sete milhões de seguidores, era sócio da empresa farmacêutica Anidrol, junto com Roseli Dorth, outra acusada. Uma operação da PF revelou que insumos supostamente vendidos para multinacionais pela corporação eram desviados para a produção de cocaína e crack. Os entorpecentes produzidos com essas substâncias abasteciam, segundo a PF, estoques de facções nacionais, como o PCC, e internacionais.

As investigações também descobriram que Cariani e Dorth não só sabiam, mas participavam ativamente do esquema. O inquérito do Ministério Público de São Paulo, acatado pela Justiça, afirma que “pelo menos sessenta vezes, [os réus] produziram, venderam e forneceram, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mais de doze toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas”.

Os acusados têm um prazo de dez dias para apresentarem suas defesas. Como medida cautelar, eles também precisam entregar seus passaportes para não saírem do país.

A defesa de Cariani afirmou que as acusações contra o influencer são “desprovidas de qualquer sentido lógico”. “Não faz qualquer sentido lógico considerar que 2 estabelecidos executivos do setor químico, após dedicarem uma vida inteira de trabalho à empresa, aventurar-se-iam no submundo do tráfico de drogas para dividirem, com mais de uma dezena de pessoas, um suposto lucro de 1.5 milhões de reais, enquanto essa mesma empresa faturou 130 milhões de reais no mesmo período”, afirma.

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Por outro lado, a defesa de Roseli divulgou uma nota. Nela, chama a operação de uma “uma das investigações mais abusivas” e que os órgãos responsáveis “se recusaram a ouvir a Sra. Roseli Dorth”.

“Pedimos muitas vezes para prestar depoimento e nossos pedidos foram negados: por quê? MP e Polícia ignoraram 120 documentos apresentados pela defesa, que deixam clara a verdade dos fatos”, destaca parte do comunicado.

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