
O Rio Acre subiu 14 centímetros em seu nível desde segunda-feira (26) até hoje, de acordo com a medição da Defesa Civil de Rio Branco, feita a cada três horas. O rio já está acima de 16 metros e afeta mais de 300 famílias da capital do estado.
No decorrer de 2024, o Acre passa por enchentes históricas, já tendo colocado 17 das 22 cidades em estado de emergência por conta do transbordo dos rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas foram afetadas pelas cheias, e em todo estado mais de 11,5 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, de acordo com as últimas atualizações de hoje (27).
A Defesa Civil também divulgou que entre ontem (26) e hoje (27), Rio Branco acumulou mais de 15,5 milímetros de chuva.
Na capital, são mais de mil pessoas desabrigadas e 500 desabrigadas, pertencentes a 330 famílias. Segundo levantamento feito pela Prefeitura às 9h de hoje, somente nos abrigos no Parque de Exposições e escolas, são mais de 900 pessoas.
O estado de emergência dos municípios do Acre constam na edição do Diário Oficial da União (DOU) do domingo (25) e já havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).
Jordão está em entre as cidades mais afetadas, e já foi decretado estado de calamidade. Mais de 80% da área urbana está alagada e inclusive o hospital local foi invadido pela água, e os pacientes tiveram que ser transferidos para o prédio da assistência social da cidade.
Em entrevista ao g1, o prefeito de Jordão, Naudo Ribeiro, lamentou a situação. “O Corpo de Bombeiros encaminhou cinco militares para apoiar o levantamento de dados e ajudar a população. Temos a maior cheia da história do município, foi atingido 100% o hospital com mais de um metro dentro, o nosso posto de saúde, a delegacia, o TRE [Tribunal Regional Eleitoral]“, afirmou.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini