falsidade ideológica

Saiba mais sobre a falsa médica presa em flagrante na Zona Oeste de SP

Mulher foi detida e aguarda encaminhamento para audiência de custódia

FALSA-MEDICA-SP
(Crédito: Reprodução/Facebook)

Marcela Gouveia, de 37 anos, foi detida em flagrante, por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. A falsa médica tem mais de 86 mil seguidores no Instagram.

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De acordo com a polícia, ela atendia pacientes em clínica de estética usando dados de uma profissional com o mesmo nome e sobrenome de uma médica verdadeira, utilizava o CRM da profissional para solicitar exames e receitar remédios.

Em depoimento à polícia, ela disse ser farmacêutica de formação e estudante de medicina. A prisão aconteceu na terça-feira (30) na região de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.

A vítima

Denúncia

A verdadeira médica recebeu a denúncia pela internet, por uma paciente que procurou atendimento com a falsa médica e resolveu fazer uma pesquisa sobre ela. Ao descobrir que a mulher estava utilizando os dados de outra profissional, mandou uma mensagem alertando a médica real, vítima da situação.

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A vítima marcou consulta com Marcela e solicitou acompanhamento de uma policial. Ao final do atendimento, a autora carimbou um pedido de exames com o CRM da vítima, resultando em sua atuação em flagrante, de acordo com a polícia.

“Ela aproveitou dessa característica, de serem homônimas, e começou a usar esse carimbo. Ela alterou, colocou o nome dela, mas com a numeração da vítima”, contou o delegado Felipe Nakamura ao site G1.

Ainda de acordo com o delegado responsável pela investigação, a falsa médica utilizava da fama nas redes sociais, para se apresentar como especialista em medicina estética.

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“A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética”, contou o delegado.

A mulher foi detida e aguarda encaminhamento para audiência de custódia.

A polícia não informou por quanto tempo a falsa médica realizou os atendimentos nem se algum dos pacientes dela chegou a ser prejudicado.

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Cremesp

Em nota enviada à CNN sobre o caso, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou que “o exercício ilegal da medicina é um caso de polícia, uma vez que a atuação do Conselho se limita a profissionais médicos registrados na Autarquia”.

O Cremesp não recebe denúncias deste tipo justamente por não se referirem a médicos. A nota esclarece:

“O Cremesp, quando identifica, por exemplo, durante fiscalização, que há profissionais se passando por médicos, ou quando o Conselho percebe tentativas de registro com apresentação de documentos falsos, como diplomas, a Autarquia aciona os órgãos competentes, como o Ministério Público. Cabe ressaltar que o Conselho disponibiliza o Guia Médico em seu site, para que os pacientes possam checar se o profissional que o está atendendo é médico e está com registro regular no conselho”, disse sobre o caso da falsa médica.

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