VIOLÊNCIA

Saiba mais sobre os ataques que estão acontecendo no RN

100 homens da Força Nacional chegaram ao estado para reforçar a segurança. 28 pessoas foram presas desde o início dos ataques.

Segunda onda de ataques atinge RN nesta madrugada
Os ataques fazem parte de uma ação organizada por uma facção, segundo a polícia (Crédito: Divulgação/Polícia)
Na madrugada desta quarta-feira (15), uma segunda onda de ataques atingiu o estado do Rio Grande do Norte (RN), na capital, Natal. Pelos menos outras cinco cidades também foram atacadas.
Os ataques, no qual prédios públicos, comércios e veículos foram queimados, fazem parte de uma ação organizada por uma facção que age dentro de presídios, segundo a polícia.

De acordo com o g1, durante a noite, 100 homens da Força Nacional chegaram ao estado para reforçar a segurança. 28 pessoas foram presas desde o início dos ataques, conforme o último balanço da Polícia Militar. Uma pessoa morreu em confronto com os policiais e ao menos duas ficaram feridas durante os ataques.

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Os Ataques

Em Natal, criminosos incendiaram quatro ônibus de turismo que estavam na garagem de uma empresa. Os veículos ficaram completamente destruídos.

O proprietário estima um prejuízo de R$ 500 mil. “Vinte anos de batalha se acabaram aqui. É muito triste”, disse o empresário José Cardoso Sobrinho.

Além disso, um coquetel molotov foi jogado em uma loja de motos na Avenida Nevaldo Rocha, uma das principais vias da cidade.

Também em Natal, um carro particular foi incendiado na rua. Os bandidos mandaram o motorista parar e descer do veículo, em seguida, eles atiraram para cima e atearam fogo no veículo.

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Na praia de Pipa, localizada no município de Tibau do Sul, criminosos atiraram contra a base policial e tentaram incendiar o local.

Em Nova Cruz, um ônibus de autoescola que estava estacionado na rua foi incendiado. Enquanto no município de Pureza, criminosos atearam fogo em um ônibus escolar.

Já na cidade de Riachuelo, tentaram atear fogo no prédio do Conselho Tutelar, entretanto, a polícia chegou e conseguiu evitar a ação. Em Santa Cruz, Um caminhão pipa foi incendiado.

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Em São Tomé, criminosos atearam fogo em dois ônibus escolares, os quais ficaram destruídos. O ataque aconteceu por volta das 2h30.

“Sentimento de revolta e impotência, durante a madrugada tivemos atentados ao nosso patrimônio público, que tanto serve a nossa população”, afirmou o prefeito de São Tomé, Anteomar Pereira.

As consequências dessas ações têm prejudicado serviços públicos. Em Natal, o transporte público vai funcionar com a frota reduzida. Além disso, na cidade, os ônibus começaram a circular mais tarde, a partir das 6h30.

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A prefeitura de Natal também suspendeu o atendimento em unidades básicas de saúde e em escolas da rede municipal. Em Mossoró, município que também sofreu de ataques, o transporte público está suspenso desde a terça-feira (14).

Suspeito morre em confronto policial

Também na madrugada desta quarta-feira (15), um homem de 29 anos, apontado pela polícia como um dos responsáveis por organizar os ataques violentos no RN, morreu após um confronto com policiais, de acordo com o g1.

O homem de 29 anos, chamado José Wilson da Silva Filho, era foragido dos sistemas prisionais da Paraíba e do Rio Grande do Norte e estava escondido no bairro de Paratibe, na capital paraibana, segundo a Polícia Civil.

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Wilson fazia parte do grupo criminosos responsável pelos ataques e já era monitorado pelo departamento há cerca de um ano. Segundo Luciano Augusto, delegado do Departamento de Investigação Contra o Crime Organizado no Rio Grande do Norte (DEICOR-RN). A investigação aponta que ele distribuía armas e dinheiro para o grupo que fez os ataques.

Antes da morte dele, um preso ligado à facção e suspeito de chefiar os ataques de dentro do presídio foi transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, para um presídio federal que não foi revelado. José era um dos poucos integrantes da facção que estavam em liberdade, segundo o delegado.

“Com os recentes ataques oriundos de ordens vindas do presídio, ele era um dos poucos integrantes do grupo em liberdade, e estava orquestrando o cumprimento destas ordens. Nós intensificamos a investigação contra ele e identificamos que ele atuou fornecendo armamentos, dinheiro e determinando os locais dos ataques que aconteceram nos últimos dias”, afirmou Luciano.

Outros alvos estão sendo monitorados, entretanto, as informações ainda não podem ser divulgadas para não comprometer a investigação, segundo o delegado.

José Wilson só foi encontrado após a polícia receber uma denúncia com o endereço dele na Paraíba. Após ser abordado pelos policiais, ele trocou tiros com os agentes e foi baleado.

Wilson chegou a ser levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta quarta-feira (15). Com ele, os agentes da polícia apreenderam uma pistola e um carro.

Wilson é o segundo suspeito morto em confronto com a polícia após o início os ataques. O primeiro foi morto na madrugada de terça-feira (14), no Rio Grande do Norte, segundo o g1.

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