Um pastor evangélico em Bastos, interior de São Paulo, criticou a instalação de uma estátua de Nossa Senhora Aparecida na cidade, chamando-a de “Satanás fantasiado de azul”. As ofensas a um dos maiores símbolos do catolicismo foram ditas durante um culto.
Na ocasião, o pastor afirmou que o uso de dinheiro público na escultura era inaceitável, já que a fé evangélica não admite a veneração de santos e acredita que somente Jesus Cristo é o mediador entre a humanidade e Deus.
Apesar das críticas iniciais, o pastor posteriormente se retratou dizendo que cometeu ‘excessos’ e afirmando que verbas públicas devem ser mantidas de acordo com o princípio da laicidade do Estado. As informações são da Folha de São Paulo.
O que diz prefeito
O prefeito de Bastos, Manoel Rosa (MDB), respondeu às declarações de Sérgio Fernandes, o líder religioso em questão, destacando que não havia necessidade de criar uma polêmica diante de uma situação tão normal. Ele apontou que a maioria dos municípios brasileiros realiza homenagens a santos, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo.
A estátua que causou a controvérsia foi instalada em um gramado em Bastos na semana passada. O prefeito explicou que alguns membros da comunidade evangélica haviam expressado insatisfação com o tamanho de uma praça da Bíblia na cidade, considerando-a pequena demais.
Em resposta a essa solicitação, a cidade atendeu ao pedido e, além da estátua de Aparecida, incluiu uma escultura da Bíblia e uma pomba branca, que representa o Espírito Santo, na entrada da cidade.