O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou não haver nenhum excesso de força policial nas operações Escudo e Verão, conduzidas na Baixada Santista. Derrite participou de uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), após uma denúncia de abuso policial, protocolada pelo deputado Eduardo Suplicy (PT).
“Importante deixar claro que nenhum órgão correcional das polícias, Corregedoria da Polícia Militar, Corregedoria da Polícia Civil, recebeu qualquer denúncia, qualquer informação, qualquer relato oficial, de que houve abuso das forças policiais. Caso isso aconteça, com total transparência e absoluta certeza, isso será investigado”, disse o secretário.
A Operação Escudo iniciou em 28 de julho de 2023, como retaliação após a morte de um policial. Até 5 de setembro, 28 pessoas foram mortas por ações da lei. Continuando a conduta violenta, a Operação Verão foi responsável por 39 óbitos desde 2 de fevereiro, seguindo a morte do PM Samuel Wesley Cosmo. 19 destas mortes, quase 50%, deram-se em Santos.
“Então, para nós, enquanto são relatos, que são, claro, publicizados pela imprensa, mas que são falados por parte dos moradores, a gente não pode, através de um relato informal, uma denúncia anônima, instaurar procedimento sendo que os dois órgãos correcionais da PM e Polícia Civil não receberam nenhum tipo de denúncia”, apontou Derrite.
🎥 Guilherme Derrite, secretário de segurança pública de São Paulo, afirmou nesta quarta (6) que não reconhece “nenhum excesso” por parte das forças policiais durante a Operação Escudo, realizada na Baixada Santista no ano passado pic.twitter.com/lb9fRZrmzz
— UOL Notícias (@UOLNoticias) March 6, 2024
O secretário também comentou a utilização de câmeras corporais pelos policiais. Ao ser apresentado um estudo da FGV que aponta 57% menos mortes em operações com registros por câmeras, Guilherme Derrite afirmou que “a utilização da câmera corporal em unidades policiais, tem estudos publicados sobre isso, não é que ela reduziu a letalidade, ela reduziu todos os números. Ela reduziu número de prisões, de apreensões de armas, de abordagens, uma série de coisas que nos levam a crer que inibiu a atividade policial”.