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Segundo dia de desfiles na Sapucaí destaca histórias afro-brasileiras

Mais seis escolas entraram na avenida em busca do título de campeã do carnaval carioca; veja como foi

Segundo dia de desfiles na Sapucaí destaca histórias afro-brasileiras
Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, recebeu nesta segunda-feira (12) à noite o segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial – Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, recebeu nesta segunda-feira (12) à noite o segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial. Mais seis escolas entraram na avenida em busca do título de campeã do Carnaval carioca.

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Em destaque estavam os enredos que homenageiam personalidades e histórias da população afro-brasileira, como a cantora Alcione (Mangueira), o livro Um Defeito de Cor (Portela), o almirante negro João Cândido (Tuiuti) e divindades africanas (Viradouro).

Enredos

Primeira escola a desfilar nesta segunda-feira, a Mocidade Independente de Padre Miguel trouxe para a avenida enredo com o título “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, comandado pelo carnavalesco Marcus Ferreira.

Como anuncia o nome, a escola verde e branca celebra a importância do caju na cultura nacional. A ideia é contar a história da fruta nativa dos povos originários até os dias atuais, com referências a ícones da música popular brasileira, como “Cajuína”, de Caetano Veloso, e “Morena Tropicana”, de Alceu Valença.

Na sequência, a Portela apresenta o enredo “Um defeito de cor”, baseado no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves. No romance, Kehinde, mulher escravizada na África, que viveu boa parte da vida no Brasil, procura um filho perdido, que seria Luiz Gama, famoso abolicionista, jornalista, poeta e advogado brasileiro.

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Os carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues propuseram uma continuação ou outra perspectiva da história.

Histórias

A Unidos de Vila Isabel apresenta o enredo “Gbalá — viagem ao Templo da Criação”, liderado pelo carnavalesco Paulo Barros. A escola narrou histórias yorubá desde que a humanidade existe. É uma reedição do enredo que foi trazido pela escola para a avenida em 1993.

A Mangueira vai celebrar a história de vida da cantora Alcione por meio do enredo “A negra voz do amanhã”, que tem a frente os carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão.

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Ícone do samba, da música brasileira e da escola do morro da Mangueira, Alcione foi apresentada desde a infância no Maranhão, onde nasceu, até a construção da vida artística no Rio de Janeiro.

A Paraíso do Tuiuti, do carnavalesco Jack Vasconcelos, apresentou o enredo “Glória ao Almirante Negro”, sobre a trajetória revolucionária de João Cândido Felisberto, conhecido por liderar a revolta da Chibata, em 1910.

No episódio, o levante pretendia acabar com as práticas violentas e maus tratos da Marinha aos marinheiros, na maioria, negros.

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O último desfile na Sapucaí foi da Unidos do Viradouro, que traz o enredo “Arroboboi, Dangbé!”, liderado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

Na avenida, a escola contou sobre o mito de uma serpente vodum, que se tornou uma divindade após épica batalha entre reinos da antiga região da Costa da Mina, na África.

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