4º dia de buscas

Segundo investigadores, fugitivos de Mossoró fizeram família refém

Dois detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na última quarta-feira (14). Foi montada uma força-tarefa para tentar encontrá-los

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Fugitivos da penitenciária de Mossoró (RN) – Crédito: Divulgação

De acordo com investigadores, os detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16). Eles teriam se alimentado no local e deram continuidade à fuga.

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública mobilizou uma força-tarefa para encontrar a dupla. A operação conta com cerca de 300 agentes federais e estaduais, helicópteros e drones.

Os nomes e fotos de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento passaram a constar na lista vermelha da Interpol, na sexta-feira. O Brasil pediu a inclusão na lista buscando cooperação entre as polícias de diferentes países para evitar que cheguem a outros países.

Porém, o secretário nacional de Políticas Penais, André de Albuquerque Garcia, afirma que isso não significa que os dois fugitivos tenham conseguido deixar o país.

Sobre a penitenciária de Mossoró

A Penitenciária Federal de Mossoró, que tem capacidade para 208 presos, recebeu os primeiros detentos em fevereiro de 2010. Na época, eram 20, transferidos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.

A unidade tem 12,3 mil metros quadrados. As celas têm cerca de sete metros quadrados, Possuem dormitório, sanitário, pia, chuveiro, mesa e um assento. Segundo autoridades, cada movimento do preso é monitorado. O chuveiro liga em hora determinada, a comida chega por uma pequena porta e a bandeja é inspecionada diariamente. Não existem tomadas ou equipamentos eletrônicos nas celas. Os detentos andam com as mãos sempre algemadas no percurso da cela até o pátio onde se toma sol.

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Obras na penitenciária podem ter facilitado a fuga

Há, atualmente, pelo menos três obras em andamento na Penitenciária Federal de Mossoró: a reforma da área do banho de sol, a reforma no alojamento dos policiais e a reforma de uma área aberta na entrada do presídio.

Por fim, a perícia da Polícia Federal aponta que os dois presos podem ter usado ferramentas do canteiro de obras para cortar o alambrado por onde ocorreu a fuga.  O corregedor, o juiz federal Walter Nunes não especificou valores e nem a duração dos contratos das obras que ocorrem na penitenciária.

 

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