O Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul afirmou que a sucuri Ana Júlia morreu de causas naturais. A cobra, de 7 metros, foi encontrada em estado avançado de putrefação pelo documentarista Cristian Dimitrius às margens do Rio Formoso, em Bonito (MS).
A princípio, foi noticiado que a cobra havia sido morta a tiros. Porém, a perícia descartou a hipótese, já que não foram encontradas lesões no animal condizentes com disparos de arma de fogo. A sucuri realizou diversos exames complementares em Campo Grande, capital do estado, como imagens por raios-x.
Sucuri não sofreu interferência humana
A perita Maristela Melo de Oliveira explicou que foram feitos exames radiográficos. “Não encontramos nenhuma fratura na região da cabeça, que era suspeita inicialmente de ter sido lesionada e descartamos a hipótese de morte violenta”, disse ao g1.
Por isso, a conclusão foi de morte natural. “Visto que o animal não teve uma morte violenta restou por tanto uma morte por consequência de uma patologia ou alguma questão própria do animal onde ela vive, sem interferência humana na morte desse animal”, disse a especialista.
Além disso, durante os exames, as equipes fizeram a medição do animal, que atingiu os 6 metros e 36 centímetros, e coletaram o DNA para fazer o sequenciamento genético e de outros materiais biológicos.
“Coletamos esse material a fim de preservar, para interesse científico e estudos relacionados a genética desse animal”, afirmou Maristela.
Em suas redes sociais, Dimitrius afirmou estar “aliviado com o resultado, apesar de não diminuir a dor de sua partida“. “Ana Júlia era especial, me ensinou muito nestes anos que estive com ela e sei que muitas outras pessoas que tiveram o privilégio de vê-la em vida, também aprenderam e se encantaram com ela“, escreveu.
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* Sob supervisão de Lilian Coelho