Suzane von Richthofen iniciou sua jornada no mundo acadêmico no fim deste mês, após comparecer pela primeira vez às aulas do curso de Direito da Universidade São Francisco, no campus de Bragança Paulista. A ex-detenta, que agora possui o nome legal de Suzane Louise Magnani Muniz, mora na cidade com o marido Felipe Zecchini Nunes.
Em regime aberto desde janeiro de 2023, ela foi aprovada na faculdade por meio do Enem. As aulas já haviam começado, porém, segundo o blog True Crime, d’O Globo, ela se ausentou dos primeiros dias letivos por temer uma tradição do curso, na qual os professores solicitam que cada aluno levante e se apresente ao resto da classe.
Entretanto, mesmo com tais medidas cautelares, logo em sua primeira presença, estudantes já a reconheceram, tiraram fotos e gravaram vídeos, que foram compartilhados nas redes sociais.
Suzane sempre quis entrar em uma universidade. Anteriormente, no ano do crime, em 2002, ela cursava a mesma disciplina na PUC-SP, porém, abandonou após ser presa. Já em 2016, passou em Administração na Universidade Anhanguera de Taubaté. Porém, a 2ª Vara de Execuções Criminais da cidade barrou a matrícula, com a justificativa de que a detenta seria hostilizada e estigmatizada por estudantes e professores.
Um ano depois, foi pré-selecionada para receber o auxílio do Fies para o curso de Administração na Faculdade Dehoniana de Taubaté, mas decidiu não se matricular. Em 2021, após passar no Enem em Farmácia na Faculdade Anhanguera de Taubaté, foi transferida para o curso de Biomedicina, pelo fato de não haver o número mínimo de alunos matriculados em Farmácia. Entretanto, Suzane desistiu da faculdade para viver com o marido em Bragança Paulista.
Desde que saiu da prisão, Suzane buscou ocupar seu tempo. Por exemplo, como requerimento para manter-se em regime aberto, ela tinha que procurar um emprego. Portanto, virou microempresária e criou seu próprio negócio de confecção de acessórios personalizados pela própria Suzane, “Su Entrelinhas”. O problema é que clientes da loja alegam problemas nos processos de compra, como atraso nas entregas, falta de qualidade do produto e até o não envolvimento de Suzane na produção.