CRIMES QUE ABALARAM O BRASIL

Suzane von Richthofen: relembre o que aconteceu nos últimos 20 anos

Ao longo de 20 anos, Richthofen acumulou polêmicas com saidinhas, graduação e relacionamentos amorosos.

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(crédito: Alberto Bhon/ Flickr)

Autora de um dos crimes mais brutais do Brasil, Suzane von Richthofen, foi solta no fim da tarde desta quarta-feira (11) depois de a Justiça conceder progressão de sua prisão para regime aberto. Condenada a 34 anos de prisão, ela estava presa em Tremembé, desde 2002 por matar os pais.

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Desde 2017, Suzane tentava a progressão ao regime aberto, para cumprir a pena fora do presídio. Agora, poderá cumprir a pena em liberdade condicional.

O crime

Suzane von Richthofen participou do assassinato dos pais, Manfred e Marísia Von Richthofen, em 31 de outubro de 2002. O crime, à primeira vista, parecia latrocínio. Porém, Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos confessaram o homicídio. Suzane e Daniel eram namorados à época.

Os três planejaram o crime, executado na casa da família, na zona sul de São Paulo. Na época, ela havia dito às autoridades que os pais não aprovavam o namoro e faziam pressão para que ela rompesse o relacionamento.

Rotina prisional e graduação

Ao longo dos 20 anos na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, várias situações envolvendo a presa chamaram a atenção. Entre elas, um romance na prisão, as ‘saidinhas’ temporárias e a vida acadêmica.

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De acordo com reportagem do G1, durante os dias na prisão ela desenvolvia trabalhos de corte e costura e produzia artesanato em uma oficina da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap). A atividade era diária, com jornada de seis a oito horas.

Além de receber um salário, os dias trabalhados na oficina eram usados para “abater” a pena. Dessa forma, Richthofen a pena de 39 anos e seis meses para 34 anos e 4 meses.

De segunda a sexta-feira, no período da noite, ela deixava a prisão para ir até a faculdade em Taubaté, onde cursou biomedicina. Ela tinha permissão da Justiça para ficar fora do presídio das 18h às 23h, para poder estudar, e não usou tornozeleira eletrônica.

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Em outubro do ano passado, Richthofen também foi vista apresentando um artigo científico em um evento acadêmico fora da faculdade em que ela estudava, na cidade de Taubaté. No evento, que reuniu estudantes e professores da região, ela montou um banner e apresentou um projeto de pesquisa desenvolvido sobre o tema maternidade.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SAP), todos os custos com a faculdade, passagem de ônibus e outros gastos que Suzane tinha, como roupas e alimentação fora da cadeia, ficaram por conta da detenta. Quando foi presa, aos 18 anos, Suzane era estudante de Direito em São Paulo.

Vida amorosa

Na prisão, Suzane namorou em 2014 com a detenta Sandra Regina Gomes, conhecida como ‘Sandrão’, que cumpre pena de 24 anos por sequestro.

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Após romper com Sandra, em 2017, ela conheceu Rogério Olberg, que visitava a irmã presa na mesma penitenciária que ela. Suzane chegou a noivar e ia para a casa dele em Angatuba (SP) durante as “saidinhas” do regime semiaberto. O noivado terminou em 2020, e não houve mais nenhuma manifestação pública desse desejo dela.

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