O caso da cadela yorkshire Cherie, de seis anos, virou caso de polícia em Brasília quando ela foi roubada pelo ex-namorado de sua tutora. O que começou com uma discussão pela guarda do animal, virou uma disputa entre ex-namorados.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a cadela foi levada em uma ação violenta. As imagens do roubo rapidamente viralizaram e comoveram internautas. O crime aconteceu no bairro do Sudoeste, por volta das 9h10.
O atual namorado de Stephane Aparecida, tutora da pet, passeava com a yorkshire quando foi surpreendido por homens que entraram em luta corporal com ele e levaram a cachorrinha. De acordo com imagens obtidas pelo Fantástico, um motorista aguardava os ladrões.
Stephane reconheceu um dos homens que apareceram durante a gravação: era seu ex-namorado, Josinaldo Souto, que mora em Caicó, cidade do Rio Grande do Norte que fica a 282 km da capital Natal. Mais tarde, a polícia descobriu que quem estava ajudando Josinaldo no crime era um amigo dele, William Diniz, e um motorista da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal.
Após o roubo, no dia seguinte, a Polícia Federal avisou aos investigadores que Josinaldo e William haviam embarcado com a cadelinha pelo Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, com destino a João Pessoa, na Paraíba.
Ainda segundo imagens do Fantástico, Josinaldo carregava Cherie no Aeroporto Presidente Castro Pinto e era seguido pelo seu comparsa. Quando chegaram ao local, um agente da Polícia Militar já esperava a dupla, que foi ouvida pela Polícia Civil (PC) e liberada. A cadela, porém, permaneceu na delegacia.
A advogada de Stephane foi buscar a pet, que retornou para Brasília e, em dois dias, percorreu mais de 5 mil quilômetros, passando por três regiões do país.
Ao Fantástico, Josinaldo afirmou que foi para Brasília para tentar um acordo amigável com Stephane sobre voltar a ter contato com a yorkshire, porém, tudo mudou quando ele viu a cadela Cherie com o novo namorado da ex.
“Aí, para minha surpresa, desce quem? O namorado. Aí, rapaz, aí pronto, aí eu não me controlei. Quando eu vi o cara com a minha cachorrinha, que eu cuidei, amei por seis anos, aí foi o ato máximo do desespero, né? Fui e tomei a cachorra”, disse ele.
A polícia alegou que, como já havia passado o tempo de flagrante, Josinaldo não poderia ficar preso, mas ele irá responder pelo roubo e por violência psicológica. O destino de Cherie, porém, ainda não está definido.
“O animal não é uma coisa; uma simples coisa, um simples objeto. Ele tem sentimentos. O registro por si só ou o pagamento por si só não define quem terá sua custódia”, afirmou a advogada Regina Tavares. Em breve, a Justiça deve determinar quem ficará com a pet.
*sob supervisão de Camila Godoi