O Space Omics and Medical Atlas (SOMA) é uma nova ferramenta, que funciona como um banco de dados abrangente e reúne amostras de diversas missões espaciais, incluindo da SpaceX e da NASA, para traçar um perfil biomédico completo dos astronautas.
Publicado na revista Nature, o estudo apresenta o SOMA como um marco crucial na medicina espacial. Através da análise de dados genômicos, epigenômicos, transcriptômicos, proteômicos, metabolômicos e do microbioma, coletados antes, durante e após os voos, o SOMA oferece um panorama detalhado dos impactos a curto e longo prazo que a exploração espacial provoca na saúde humana.
Abrangendo 2.911 amostras, com mais de mil já processadas, o SOMA representa um aumento de mais de 10 vezes na quantidade de dados ômicos espaciais humanos disponíveis ao público. Essa riqueza de informações será fundamental para o monitoramento da saúde, mitigação de riscos e desenvolvimento de contramedidas em futuras missões lunares, marcianas e outras explorações espaciais.
Watch a live spacewalk! @NASA_Astronauts Tracy C. Dyson and @DominickMatthew will work on science and maintenance outside the @Space_Station for about 6.5 hours: https://t.co/iznRT0NJJF pic.twitter.com/IgW3RDgsuZ
— NASA (@NASA) June 13, 2024
Benefícios da ferramenta além da órbita terrestre
As aplicações do SOMA não se limitam ao espaço. Cientistas acreditam que a ferramenta também pode ser útil para pesquisas aqui na Terra. “Isso representa um avanço no estudo da adaptação humana e da vida no espaço”, comenta Guy Trudel, professor da Universidade de Ottawa e um dos colaboradores do estudo. “As mudanças observadas nos astronautas durante os voos espaciais apresentam similaridades com as vivenciadas por pessoas que permanecem longos períodos acamadas, o que torna essa pesquisa clinicamente relevante para diversos campos da medicina.”
* Sob supervisão de Lilian Coelho
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