A Rússia lançou um ataque aéreo contra uma torre de TV em Kiev nesta terça-feira (1). Pelo menos cinco pessoas morreram, segundo a agência Reuters. Momentos antes de lançar o míssil, o ministério da Defesa russo havia alertado para que os civis ucranianos saíssem de perto de alvos de comunicação e segurança, que seriam atacados na capital.
Ao lado da torre fica o Memorial do Holocausto Babyn Yar em Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse no Twitter que 33 mil judeus foram mortos no local há 80 anos. Ele chamou o ataque russo de “mal e bárbaro”.
Kyiv TV tower, which has just been hit by a Russian missile, is situated on the territory of Babyn Yar. On September 29-30, 1941, Nazis killed over 33 thousand Jews here. 80 years later, Russian Nazis strike this same land to exterminate Ukrainians. Evil and barbaric.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 1, 2022
O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que a Rússia aumentou nas últimas 48 horas o número de ataques contra áreas urbanas da Ucrânia. A análise saiu em um comunicado noticiado pelo site da CNN Internacional.
Os principais alvos, segundo os britânicos, são as cidades de Kherson, Mariupol e Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia que foi bombardeada mais uma vez nesta terça-feira (1).
Comboio militar russo se aproxima de Kiev
Enquanto isso, um comboio militar russo está a 30 quilômetros de Kiev, segundo a empresa de tecnologia americana Maxar. O comboio militar russo com 64 quilômetros de extensão é composto por veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e outros veículos logísticos.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, na noite da última quarta-feira (23). Desde então, tropas dos dois países estão em combate no território ucraniano.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O presidente russo também alega que a Ucrânia está sob influência estrangeira e que não merece ser um país independente.