
O número de refugiados da invasão russa na Ucrânia atingiu os dois milhões e meio nesta sexta-feira (11). O número de deslocados dentro do país é de cerca de dois milhões. Filippo Grandi, Comissário do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, atualizou os números pelo Twitter e usou a plataforma para lamentar o conflito.
“Milhões forçados a deixar suas casas por esta guerra sem sentido”, escreveu o diplomata.
The number of refugees from Ukraine — tragically — has reached today 2.5 million.
We also estimate that about two million people are displaced inside Ukraine.
Millions forced to leave their homes by this senseless war.— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) March 11, 2022
A Polônia é o principal destino dos ucranianos que fogem da invasão. Na quinta-feira (10), o presidente polonês Andrzej Duda disse que mais de um milhão e meio de refugiados entraram no país.
A Alemanha recebeu 110 mil pessoas que saíram da Ucrânia, segundo o ministério do interior alemão, citado pela CNN Internacional. O governo alemão reconhece que o número pode ser muito maior já que não há checagem na fronteira entre a Polônia e a Alemanha.
Hungria, Moldávia, Romênia, Eslováquia, que também fazem fronteira com a Ucrânia, são os outros países que têm recebido quem foge da guerra.
De acordo com a Agência de Refugiados da ONU (Acnur), essa é a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial. Os governos de países europeus têm atualizado as políticas de vistos para receber os ucranianos.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia no dia 24 de fevereiro. Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia e cercam importantes cidades portuárias como Kherson e Mariupol.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.