Ministros do Exterior de Rússia e Ucrânia devem se reunir na Turquia

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(Créditos: Evert-Jan Daniels – Pool/Getty Images)

Os ministros do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, devem se reunir amanhã (10) na Turquia. O encontro será mediado pelo ministro do Exterior da Turquia, Mevlut Cavusoglu, segundo a agência Reuters. Essa é a primeira reunião de alto escalão dos dois governos, desde o início da guerra em 24 de fevereiro. 

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Até agora, aconteceram outras duas rodadas de conversas, que envolveram comitivas de diplomatas e integrantes dos exércitos dos dois países. 

Na última reunião, na segunda-feira (7), os ucranianos disseram que houve pouco avanço. A delegação russa chegou a dizer que uma nova rodada aconteceria em breve, mas até agora não há uma nova data marcada. 

Uma das demandas da Rússia nas negociações é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

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Do lado ucraniano, o pedido é pela retirada imediata das tropas russas. 

Uma das medidas acertadas nas primeiras negociações foi o estabelecimento de corredores humanitários para retirada de civis. Mas, a implementação não tem funcionado. Ucranianos acusam os russos de atirarem nas próprias rotas que propuseram, o que inviabilizou a saída de mulheres, crianças e idosos.  

Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia

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O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país. 

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles. 

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. 

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Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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