A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (9) uma quarta rodada de sanções econômicas contra a Rússia em represália contra a invasão na Ucrânia. A nova lista de punidos inclui 160 cidadãos russos – são oligarcas, políticos e apoiadores do presidente russo Vladimir Putin.
De acordo com o detalhamento da BBC News, as medidas vão atingir 14 oligarcas e empresários e 146 parlamentares que apoiaram o reconhecimento russo das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.
Alexander Vinokurov, marido da filha do ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, também é um dos punidos pelos europeus.
Ao todo, 862 russos e 53 entidades já sofreram sanções do bloco. Cidadãos e empresas de Belarus, país aliado de Putin, também são alvo de punições.
Em outro movimento contra Moscou, a União Europeia fechou o espaço aéreo para aviões russos e bloqueou parte dos bancos russos do sistema de pagamentos internacionais SWIFT. O conjunto de medidas tem o objetivo de isolar o país e forçar Putin a parar com a guerra.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.