CRISE BANCÁRIA

Ações do UBS têm queda após anúncio de compra do Credit Suisse

Os papéis do UBS chegaram a cair 16% no início do pregão, a maior queda registrada em um dia desde 2008.

Ações do UBS caem após anúncio de compra do Credit Suisse
Principais índices europeus apresentavam queda após anúncio de compra do Credit Suisse pelo UBS (Crédito: Arnd Weigmann/Getty Images)

As ações do banco UBS apresentavam queda de cerca de 10% por volta das 6h (horário de Brasília) desta segunda-feira (20), um dia após a instituição anunciar a aquisição do Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões.

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Os papéis do UBS chegaram a cair 16% no início do pregão, a maior queda em um dia desde 2008. As ações do Credit caíam mais de 60% por volta do mesmo horário.

Os investidores não receberam bem notícias de fusões e aquisições, já que existe uma dúvida por parte do mercado sobre quanto tempo a operação de compra trará retorno financeiro para quem está comprando, como é o caso do UBS.

A queda nas ações do banco Credit Suisse, por outro lado, era menos esperada. Em geral, investidores tendem adquirir ações de uma empresa que está sendo comprada por apostar numa valorização no futuro. Porém, não foi o que aconteceu até o início da manhã desta segunda (20).

A desvalorização aconteceu após o anúncio da compra por parte do UBS obrigar que os títulos do Credit Suisse perdessem totalmente o valor.

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O índice pan-europeu STOXX 600 caía 0,8%, após ter registado o seu maior declínio semanal do ano na sexta-feira. O índice bancário europeu mais amplo recuou 3,2% para atingir o seu nível mais baixo em três meses. Os gigantes bancários alemães Deutsche Bank e Commerzbank caíram 10,9% e 8,5%, respectivamente, enquanto o francês BNP Paribas caiu 8,2%.

MERCADOS MUNDIAIS

As ações de Hong Kong caíram para uma mínima de três meses nesta segunda-feira, lideradas por ações de bancos, uma vez que a aquisição do Credit Suisse pelo UBS não conseguiu aliviar as preocupações do mercado quanto ao risco de contágio. As ações da China também terminaram em baixa, anulando os ganhos anteriores, apesar das novas medidas de flexibilização monetária de Pequim para apoiar o crescimento econômico.

 

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