PARCERIA

Brasil irá propor linha de crédito à Argentina

Segundo o secretário executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, por ausência de mecanismos do Brasil de financiamento das exportações brasileiras e importações argentinas, o país perdeu US$ 6 bilhões.

Brasil irá propor linha de crédito à Argentina
O secretário executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse que o Brasil vai propor de linhas de crédito à Argentina (Crédito Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Brasil vai propor a criação de uma linha de crédito para ajudar a Argentina. De acordo com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, “o plano é a criação de um crédito de exportação, um financiamento às empresas brasileiras que vendem para empresas argentinas que importam serviços e mercadorias do Brasil”.

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O presidente Lula vai se encontrar nesta terça-feira (02) com o presidente argentino, Alberto Fernández, em Brasília. Fernández ainda terá uma reunião com o Ministério da Fazenda.

O estudo que está sendo realizado tenta fazer com que esse crédito de exportação funcione dentro das restrições que existem atualmente nos balanços de pagamentos na Argentina, explicou o secretário em entrevista à Globo News.

De acordo com o Galípolo, a necessidade dessa linha de crédito tem um agravante este ano por conta de uma seca na Argentina, que reduziu em 40% as exportações, principalmente do setor do agronegócio, com perda de cerca de US$ 17 bilhões. O país vizinho enfrenta uma crise en razão da queda no valor do dólar. “Isso agrava um pouco mais a situação da Argentina neste ano. Mas para o Brasil, temos 210 empresas que comercializam com o país, principalmente em valores industriais, de mais valor agregado”, afirmou, destacando a importância da medida.

Ele acrescentou que “essas linhas de exportação pagam diretamente as empresas brasileiras, e o risco da situação é ser menos um risco tradicional de financiamento, que é quando você financia uma empresa e não sabe se a empresa vai conseguir vender ou não, porque a demanda dos produtos existe. O problema que existe é a conversibilidade da moeda”.

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Nos últimos cinco anos, segundo o secretário, por ausência de mecanismos do Brasil de financiamento das exportações brasileiras e importações argentinas, o país perdeu cerca de US$ 6 bilhões em espaço no comércio para a China, que ele afirma que vem viabilizando mecanismos de financiamento em alternativas de meios de pagamento.

O problema, disse Galípolo, é resolver a questão em um comércio que usa uma moeda de um terceiro país que não participa desse comércio, que é o dólar.

O secretário indicou que, pelo fato de o Brasil e a China serem os principais parceiros comerciais da Argentina, pode ser que haja um auxílio vindo por parte do New Development Bank, (Banco dos Brics), presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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