
A popularização do Pix como meio de pagamento e transferência instantânea trouxe conveniência para muitos brasileiros. No entanto, com o aumento do uso, surgem também novas estratégias de golpes, como é o caso do golpe do Pix errado, que tem feito vítimas em todo o país. Entender como esse golpe funciona é essencial para se proteger e evitar prejuízos indesejados.
Nos últimos tempos, o Pix tem batido recordes de transações. De acordo com o Banco Central, só na última sexta-feira (5), foram realizadas 224 milhões de transações. Essa quantidade impressionante de operações facilita que algumas delas sejam executadas por engano, e é justamente nesse contexto que os golpistas se aproveitam para aplicar o golpe do Pix errado.

O que é o golpe do Pix errado?
O golpe do Pix errado começa com o golpista realizando uma transferência para a conta da vítima sem qualquer aviso. Com a facilidade de obtenção de um número de telefone, que pode servir como chave Pix, os criminosos conseguem realizar o depósito facilmente. Logo após, o fraudador entra em contato, alegando ter feito a transferência de forma equivocada e solicita a devolução do valor.
A artimanha é persuadir a vítima a devolver o dinheiro, porém, para uma conta diferente da qual veio a transferência original. Confuso, não é mesmo? Ao confirmar a existência do valor na conta, a vítima pode acabar devolvendo, caindo assim no golpe.
Como funciona o Mecanismo Especial de Devolução?
O prejuízo se consuma quando o golpista utiliza o Mecanismo Especial de Devolução (Med), criado para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes. Os criminosos ativam este procedimento, alegando terem sido enganados, e dessa forma, conseguem que a transação seja revertida, causando prejuízos à vítima real.
Como evitar cair no golpe do Pix errado?
Para evitar ser enganado por esse tipo de golpe, confira algumas dicas valiosas:
- Verifique sempre seu extrato: antes de devolver qualquer valor, confirme se ele realmente apareceu em suas transações.
- Use a funcionalidade “Devolver” do Pix: essa opção estorna o valor para a conta original e não para uma conta indicada pelo golpista.
Essas práticas simples podem ser a diferença entre manter seu dinheiro seguro ou cair em uma cilada financeira.
Quais são os próximos passos para melhorar a segurança do Pix?
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já se movimenta para combater e mitigar as fraudes relacionadas ao Pix. Sugeriu recentemente melhorias no Med, chamado de Med 2.0, que terá vigência a partir de 2026. O intuito é aprimorar o rastreamento de dinheiro de fraudes em diferentes camadas, dificultando a retirada do valor pelos criminosos.
Com essas mudanças, bancos esperam reduzir a eficácia dos golpistas e dar mais segurança aos usuários do Pix. Enquanto isso, o importante é se manter informado e cauteloso com transações inesperadas.
Ao estarmos atentos aos detalhes e compreendermos como os golpistas operam, podemos nos proteger melhor e desfrutar das vantagens que o Pix oferece sem riscos.
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