O homem mais rico do Brasil, o economista e empresário Jorge Paulo Lemann, perdeu US$ 329 milhões, o equivalente a R$ 1,68 bilhão, de sua fortuna de US$ 16 bilhões nesta quinta-feira (12), com a queda das ações da Americanas.
Após a renúncia de Sérgio Rial da presidência da Americanas, em razão da descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões, ações da empresa despencaram.
Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, respectivamente segundo e terceiro homens mais ricos do país, também perderam uma quantia milionária pelo mesmo motivo. Telles perdeu U$ 173 milhões em sua fortura, enquanto Sicupira perdeu U$ 199.
Apesar das baixas, Lemann e os outros grandes empresários afirmaram que vão continuar com suas posições na companhia.
Entenda o caso
A Americanas publicou na última quarta-feira (11) um comunicado, dizendo que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões, nas primeiras estimativas.
O documento esclarece que área contábil detectou “a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem (R$ 20 bilhões), nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta de fornecedores nas demonstrações financeiras”.
Americanas disse que ainda não é possível determinar todos os impactos do rombo na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia. Em contrapartida, a empresa afirmou estimar que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”.
Americanas tem a maior queda de uma empresa na bolsa brasileira desde 2008. Empresa fechou em baixa de mais de 77% na Bolsa de Valores depois de informar que identificou inconsistências em lançamentos contábeis que podem chegar a R$ 20 bilhões: https://t.co/FZyGb9rRKy #JN pic.twitter.com/UFfeubA7wb
— Jornal Nacional (@jornalnacional) January 13, 2023
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