Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que no mês de abril, o índice de difusão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 78,3% de inflação, o maior desde janeiro de 2003.
O índice de difusão mede a quantidade de produtos e serviços que registrou inflação, alta de preços, em determinado mês. Atualmente, 377 itens estão na cesta de produtos monitorados pelo IBGE pra medir a inflação.
A consequência do índice elevado no dia a dia das famílias brasileiras, é a dificuldade cada vez maior de fugir da alta de preços quando vão às compras. Ainda, o grande número de produtos com preços subindo pode realimentar a própria inflação.
Segundo o portal UOL, um dos principais exemplos é o óleo diesel, insumo utilizado para o transporte, mas que com a alta do combustível acaba elevando outros preços, como o dos alimentos. “A energia está em tudo, então acaba encarecendo a formação de preços. Deixa tudo mais caro”, disse o economista, Fábio Romão, da consultoria econômica LCA. “Se você vai prestar um serviço, você usa a energia elétrica. Se vai fabricar algo, você também utiliza energia”, completou Romão.
O economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flavio Serrano, aponta que “Há um processo de inflação um pouco mais persistente que o esperado inicialmente. Em um ambiente desses, começa a haver maior dispersão dos aumentos de preços. Assim, uma coisa leva à outra: uma inflação alta está produzindo uma difusão alta; e a difusão alta deve fazer com que a desaceleração da inflação seja mais lenta”.
Desse modo, os produtos influenciam uns aos outros e inflação acaba se espalhando pelos diferentes itens. Com essa situação, fica cada vez mais difícil promover substituições de produtos, uma vez que tudo fica mais caro.
Bolsonaro sobre inflação: “Picanha no Brasil está metade do preço do Canadá”https://t.co/c7hNHF0hQr pic.twitter.com/0N0hR3KMGZ
— Correio Braziliense (@correio) May 11, 2022