
“Determino a realização de constatação da real situação de funcionamento da empresa, bem como de perícia prévia sobre a documentação apresentada pela requerente, de modo a se constatar sua correspondência com os seus livros fiscais e comerciais”, diz o documento.
O magistrado também apontou que a companhia fez “alegações genéricas”, que “não preenchem os requisitos” do artigo 300 do Código do Processo Civil (que trata de tutela de urgência), e determinou a apresentação do novo laudo em até sete dias corridos.
Ao apontar a falta de documentações, o juiz cita os efeitos de um processo de recuperação judicial em andamento.
“O simples deferimento do processamento da recuperação judicial, por si só, gera como consequência automática a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor pelo prazo de 180 dias, dentre outras consequências legais importantes”, diz a decisão.
A SouthRock Capital não retornou os questionamentos da reportagem do portal G1.
Pedido de recuperação
A operadora da Starbucks no Brasil protocolou o pedido de recuperação judicial na terça-feira (31), com dívida registrada de R$ 1,8 bilhão. A companhia listou alguns pontos como justificativa para o processo. São eles: o baixo grau de confiança; a alta instabilidade no país; a volatilidade da taxa de juros; e constantes variações cambiais que, segundo a empresa, “desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro”.
A companhia informou ainda que a crise econômica e a pandemia da Covid-19 como fatores que derrubaram seus lucros.
Em 2020, a SouthRock teve uma queda de 95% nas vendas. Em 2021, a queda foi de 70%, enquanto, em 2022, foi de 30%.
As notícias dão a entender que o Starbucks “faliu” no Brasil.
Na verdade, a gestão desastrosa e cara da SouthRock é que afundou as redes (Subway, Starbucks, TGIF) no Brasil.
É sobre GESTÃO, não sobre o Brasil, a economia ou o presidente.
— Gabriel Reynard (@gareynard) November 1, 2023