Novo projeto garante abono para beneficiários do BPC em caso de calamidade

Proposta legislativa visa conceder abono a beneficiários do BPC durante desastres naturais ou emergências de saúde pública

Novo projeto garante abono para beneficiários do BPC em caso de calamidade
Notas de dinheiro – Créditos: depositphotos.com / rodrigobellizzi

No contexto das crescentes preocupações com as mudanças climáticas e suas consequências, a Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 1549/24. A iniciativa, de autoria da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), visa conceder um abono equivalente ao salário mínimo a indivíduos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) em situações de catástrofes climáticas ou estados de calamidade pública. Esta proposta busca assegurar um suporte adicional as pessoas já em condições de vulnerabilidade extrema.

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Contextualização do Benefício de Prestação Continuada

O BPC é um benefício mensal garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que comprovem não ter meios de prover seu sustento, nem de obtê-lo por meio de seus familiares. Atualmente, o valor corresponde a um salário mínimo, e sua concessão é vital para muitas famílias que vivem em situações de precariedade econômica. Com a nova proposta, essas famílias teriam um apoio extra durante períodos críticos como desastres naturais ou emergências de saúde pública.

A deputada Daiana Santos é a autora da proposta – Créditos: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Detalhes da proposta e justificativa

A deputada Daiana Santos justifica a necessidade do abono adicional com base nos desafios enfrentados por beneficiários do BPC, que frequentemente se encontram próximos ao limite da dignidade humana. “Nada mais humanitário e justo que possam fazer jus a um adicional em situações críticas”, argumenta a parlamentar. O texto sugere que, além de mitigar o impacto imediato das crises, o abono poderia ajudar a evitar a degradação adicional das condições de vida dessas pessoas.

Desafios e próximos passos

Para se tornar lei, o projeto precisa passar por diversas comissões na Câmara dos Deputados, incluindo as de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado na Câmara, o texto seguirá para o Senado. O processo legislativo requer consenso e análises detalhadas, especialmente em se tratando de impactos orçamentários e viabilidade financeira do Estado em arcar com os custos adicionais.

Impactos potenciais e discussões parlamentares

A introdução deste abono emergencial levanta importantes discussões sobre a responsabilidade do Estado em proteger os mais vulneráveis contra adversidades climáticas e sociais. Parlamentares e especialistas discutem não apenas a eficácia do benefício proposto, mas também a possibilidade de ajustes estruturais na abordagem da assistência social no Brasil. Há um debate mais amplo sobre como o país pode se preparar melhor para enfrentar o aumento da frequência e intensidade dos desastres naturais previstos pelas projeções climáticas.

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O Projeto de Lei 1549/24 destaca o papel do legislativo em identificar e agir sobre as necessidades emergentes da população. Resta agora aguardar o desenrolar dos debates e das votações para determinar o futuro desta iniciativa e suas potenciais implicações no amparo a populações em risco.

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