O que muda para os beneficiários do BPC/LOAS com as novas regras do governo?

O BPC enfrenta reavaliação para garantir que os pagamentos sejam recebidos por quem realmente necessita

O que muda para os beneficiários do BPC/LOAS com as novas regras do governo?
Luiz Inácio Lula da Silva – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), instrumento indispensável de apoio social no Brasil, enfrenta um período de reavaliação. Estabelecido pela Lei Orgânica de Assistência Social (n.º 8.742/1993), popularmente conhecida como LOAS, o BPC garante um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em condições de vulnerabilidade.

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Recentemente, esforços foram intensificados para garantir que os pagamentos cheguem aos que realmente necessitam, por meio da atualização regular no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

O que significa a atualização obrigatória do BPC?

Desde a implementação do Decreto n.º 8.805/2016, é essencial que os beneficiários do BPC mantenham suas informações atualizadas no CadÚnico a cada dois anos. Essa exigência visa assegurar que o benefício seja direcionado corretamente, evitando fraudes e desperdícios.

Para esse fim, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) está promovendo revisões minuciosas dos cadastros, comunicando-se com os beneficiários de várias maneiras, incluindo cartas, mensagens de texto e notificações nos aplicativos do INSS.

  • Cartas diretas aos beneficiários
  • Notificações bancárias
  • Chamadas da Central 135
  • Alertas pelo aplicativo Meu INSS

Quais as consequências de não atualizar o BPC?

O INSS impôs prazos rígidos para essa atualização. Se um beneficiário não atualizar seu cadastro dentro destes prazos – que podem variar de 30 a 90 dias, dependendo do tamanho do município – o benefício será temporariamente bloqueado. Caso a atualização não ocorra dentro de seis meses após a suspensão, o benefício poderá ser cancelado, exigindo um recurso formal para reativação.

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A Justiça negou o pedido de indenização feito por Lula contra os jornalistas Sérgio Pardellas e Germano Oliveira, e Davincci Lourenço.
O presidente Lula (PT) – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quais são as principais motivações por trás das decisões econômicas?

A reavaliação do BPC é parte integral do novo arcabouço fiscal implementado pelo governo em 2023, que busca equilibrar as contas públicas. Sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o arcabouço visa substituir o anterior teto de gastos.

De acordo com dados do INSS, no primeiro semestre de 2024, o BPC atingiu um dispêndio de R$ 44,076 bilhões, um aumento de 19,8% em relação ao mesmo período de 2023, com uma expansão de 40% no número de beneficiários.

Caminho à frente para os beneficiários do BPC

Uma das razões para esse aumento no número de beneficiários é a extensão do BPC a múltiplos moradores de um mesmo domicílio, desde que atendam ao critério de renda de até 25% do salário mínimo por residente. Essa mudança visa ampliar o alcance do programa sem comprometer o rigor fiscal.

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Os beneficiários são fortemente encorajados a manter suas informações atualizadas para garantir a continuidade do recebimento do benefício e contribuir para a integridade do sistema de assistência social.

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