COMBUSTÍVEL

Que estado tem a gasolina mais cara do Brasil?

No Ceará, litro da gasolina sai em média R$ 0,53 mais caro que o restante do país.

Que estado tem a gasolina mais cara do Brasil?
No Ceará, gasolina é R$ 0,53 mais cara que a média no resto do país. (crédito: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

O estado do Ceará tem a gasolina mais cara do Brasil. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), no início deste ano, o valor médio cobrado pelos postos de combustíveis no estado é de R$ 5,49. Valor é R$ 0,53 maior que a média nacional.

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No final do ano passado, a Petrobras reduziu em 6% o preço da gasolina, mas mesmo com a redução houve elevação nos preços da gasolina no estado. Isso chamou atenção Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-CE e da Decon Ceará. Em alguns postos o litro do combustível pode variar entre R$ 5,59 (comum) e a aditivada R$ 5,89.

Segundo a presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-CE, Cláudia Santos, é preciso ter uma justificativa sobre esse aumento. “Nenhum preço de produto ou serviço poderão ser elevados sem justa causa. Assim requeremos com base neste dispositivo e os outros que eles explicassem documentalmente o motivo desta elevação.”

Esta semana, quatro postos de combustíveis foram autuados. Equipes do Decon Ceará fiscalizaram documentos e detectaram irregularidades. Foi dado 20 dias para os empresários justificarem esse aumento de preços.

TOP 10 estados mais caros para abastecer:

1. Ceará: R$ 5,49
2. Distrito Federal: R$ 5,32
3. Rio Grande do Norte: R$ 5,27
4. Roraima: R$ 5,25
5. Paraná: R$ 5,15
6. Tocantins: R$ 5,11
7. Piauí: R$ 5,10
8. Rondônia: R$ 5,09
9. Santa Catarina: R$ 5,09
10. Bahia: R$ 5,05

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Controle dos preços

Depois de atingir altos valores em 2022, os preços dos combustíveis começaram a cair e foram beneficiados por cortes nos tributos promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que buscava a reeleição. Tributos federais foram cortados, e uma lei reduziu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrados pelos estados sobre os combustíveis. No entanto, as medidas estavam previstas para serem revogadas no final de 2022.

A equipe do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, disse estar preparando uma medida provisória para manter essa isenção por mais 60 dias – até que a presidência da Petrobras possa ser trocada e a política de preços da estatal possa contribuir para contrabalancear o aumento dos preços.

 

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