O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou confiança que a Câmara dos Deputados irá aprovar a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo até julho e fez uma avaliação sobre o texto.
Segundo Haddad, a nova fórmula substitui “um sistema que é cumulativo, pouco transparente e injusto, que penaliza os mais pobres”, disse em entrevista à jornalista Daniela Lima, do g1.
“Os tributos no Brasil são cumulativos. No fim, ninguém sabe quanto paga de imposto sobre o que consome. O sistema é ineficiente e pouco transparente. A nova formulação dá visibilidade para o brasileiro, ele saberá quanto está pagando”, ressaltou o ministro Haddad.
Reforma: caminho para taxação dos super-ricos
O titular da Fazenda afirmou que a regulamentação da tributação sobre o consumo, no longo prazo, abre caminho para a taxação dos super-ricos.
Ele acrescenta que “no Brasil, proporcionalmente à renda, os pobres pagam mais imposto do que os ricos. Essa reforma prepara terreno para que nós nos aproximemos do que fazem os países desenvolvidos, que taxam de maneira mais justa os mais ricos”.
Segundo a jornalista, o ministro elencou cinco aspectos cruciais nas mudanças propostas:
- as exportações brasileiras serão 100% desoneradas;
- os investimentos também serão desonerados, e eles geram emprego;
- a indústria, que hoje é taxada em 34%, passa a ser a 27%;
- o sistema será 100% digitalizado, o que aumenta a base de tributação porque dificulta a sonegação;
- o imposto é pago no destino, ou seja: “se o produto vai para o Piauí, o imposto fica no Piauí, não na estação de produção, isso descentraliza os recursos”, disse.
A entrega do texto da regulamentação da Reforma Tributária é um grande passo e uma vitória para todo o povo brasileiro.
Agradeço o empenho dos presidentes da Câmara e do Senado por esse avanço sem precedentes rumo ao crescimento econômico sustentável com justiça social.
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