O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Anunciou, nesta quarta-feira (31), a manutenção da taxa de juros do país no mesmo patamar do ano passado: de 5,25% a 5,5% ao ano. Com a decisão, os juros continuam os maiores desde 2001.
Para o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês), a diminuição dos níveis só virá quando houver uma maior confiança de que a inflação do país chegue a 2%, meta do banco. Em 2023, o nível inflacionário dos EUA fechou em 3,4%.
“Temos confiança, mas queremos ter mais confiança de que o arrefecimento dos dados de inflação está enviando um sinal verdadeiro”, disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Nesse sentindo, o Fomc indicou que a atividade econômica do país “tem se expandido em um ritmo sólido”.
Semelhantemente, o órgão destacou como o mercado de trabalho do país segue forte, com a taxa de desemprego baixa, o que pode aquecer a economia e elevar a inflação. “O comitê procura atingir o nível máximo de emprego e levar a inflação à taxa de 2% a longo prazo”.
Fed Chair Jerome Powell said the Federal Reserve left interest rates unchanged as the central bank ‘will need to see continuing evidence to build confidence that inflation is moving down sustainably toward our goal’ https://t.co/9YtGUZd4IR pic.twitter.com/5G9izzjcMH
— Reuters (@Reuters) January 31, 2024
O que isso significa?
Com juros maiores, o títulos públicos dos EUA remuneram mais, o que faz com que investidores migrem seus ativos paras as reservas do país. Desse modo, deve-se ver a valorização do dólar.
Além disso, a manutenção da taxa de juros pode significar a desaceleração da economia global, visto que empréstimos e investimento ficam mais caros.
Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) também decidirá a taxa base de juros do país, a Selic, em breve. De acordo com expectativas, haverá um corte de 0,5%, de 11,75% a 11,25%.