preconceito

Aos oito anos, Manuela enfrentou bullying e transcreveu seus sentimentos em livro

Com a perspectiva de uma criança, o assunto é tratado de forma séria e consciente

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Aos oito anos, Manuela enfrentou bullying e escreveu seus sentimentos em livro – Crédito: Reprodução / Jornal Midiamax

A coragem de escrever sobre a dor não é uma tarefa fácil, nem mesmo para um adulto, quiçá para uma criança. No entanto, foi através da escrita que a pequena Manuela de Ávila Alvarenga, de oito anos, decidiu enfrentar o bullying e o preconceito. A campo-grandense lançará no próximo mês o seu primeiro livro infantil.

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Manuela foi alfabetizada aos seis anos, no final da pandemia. Sua mãe, Quemili de Ávila, relata que o bullying ocorreu durante o primeiro ano escolar, quando a filha foi alvo de apelidos grosseiros por parte dos colegas. Quando aprendeu a ler e escrever, essa experiência se tornou inspiração para combater a intimidação.

“Ela conta que guardou esse sentimento e, quando aprendeu a escrever, transcreveu essa história. Um pouco do relato dela sobre o que a motivou a escrever este livro é o que sentiu quando sofreu bullying. Ela viu uma notícia no jornal sobre duas meninas negras que foram proibidas de falar por causa da cor da sua pele e disse que sentiu a mesma tristeza no coração quando sofreu bullying”.

Manuela pediu à mãe que publicasse o livro, com a missão de incentivar outras crianças a expressarem seus sentimentos. Sua mãe procurou projetos e encontrou a iniciativa do coletivo de cultura da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).

“Conversei com Ademir, coordenador do coletivo de cultura da ACP, que também é escritor. Ele leu o projeto do livro, viu que era bom, e nos orientou sobre como realizar o pedido de Manuela. Este livro aborda um tema crucial: o preconceito. Manu destaca que, embora o bullying e o preconceito sejam diferentes, ambos causam a mesma tristeza profunda. Com seu livro, ela pretende educar e inspirar uma nova geração a romper o ciclo de preconceitos, promovendo um ambiente de respeito e inclusão”.

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O livro será lançado no dia 21 de junho, na sede da ACP, em formato físico, com a presença aberta ao público.

*Texto originalmente publicado em Midiamax

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