EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Bancos digitais: entenda como funcionam e o que os difere dos bancos tradicionais

Entenda a fundo como funciona esse tipo de serviço e suas diferenças para os bancos físicos.

Bancos digitais permitem que clientes resolvam problemas por aplicativo sem enfrentar filas (Imagem: Shutterstock)

Nos últimos tempos, a tecnologia tem revolucionado cada vez mais a forma como as pessoas consomem serviços e produtos. Nesse cenário, os bancos digitais têm simplificado transações financeiras e dado aos clientes mais autonomia para cuidar do próprio dinheiro.

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Dessa forma, não há mais necessidade de depender apenas dos bancos tradicionais para realizar pagamentos de contas, transferir dinheiro, fazer empréstimos, entre outras transações. Agora, basta acesso à internet e um smartphone para conseguir resolver tudo na palma da mão.

O que é um banco digital?

O banco digital é uma das categorias existentes entre as fintechs. O termo fintech, abreviação de financial technology (tecnologia financeira, em português), é utilizado para se referir a startups ou empresas que usam a tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma inovadora e sem burocracia, sejam eles gratuitos ou com baixo custo.

Bancos digitais no Brasil

No Brasil, atualmente há diversos bancos digitais que são autorizados pelo Banco Central do Brasil a funcionar. Agibank, Banco Inter, Banco Original, Pag Bank, C6 Bank, Neon, Nubank e Next são algumas das opções disponíveis. Todos eles oferecem serviços 100% on-line.

Serviços oferecidos

Os serviços oferecidos pelos bancos digitais costumam variar de acordo com a instituição financeira. Porém, não costumam ser muito diferentes daqueles disponibilizados pelos bancos convencionais, como pagamentos de boletos, transferências TED e DOC, cartão de crédito e débito, débito automático, PIX, saques, empréstimos, financiamentos, investimentos etc.

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Melhores bancos em 2022

O ranking global da Forbes de melhores bancos em 2022 revelou que, no Brasil, os bancos digitais ocupam as primeiras posições entre os melhores bancos do país. Isto é, na opinião dos clientes, as instituições digitais superam as tradicionais.

Mulher e homem sentados mexendo em tablet
Bancos digitais permitem que clientes resolvam problemas por aplicativo sem enfrentar filas (Imagem: Shutterstock)

Principais diferenças entre bancos digitais e tradicionais

Ao contrário dos bancos tradicionais, os digitais não possuem estruturas físicas como as agências. Dessa forma, o cliente pode abrir a conta e realizar qualquer serviço de maneira virtual – pelo aplicativo no próprio smartphone – a qualquer momento, em qualquer lugar e sem precisar enfrentar filas. Outros canais de atendimento dessas instituições financeiras são e-mail e telefone.

Além disso, segundo Antônio Dias Stein, analista de conteúdo da gestora de investimentos Clube do Valor, a ausência de custos operacionais desses bancos – por não terem agência física –, influencia diretamente no custo de serviços repassados ao usuário. Assim, pode haver ausência de taxas de criação e manutenção de conta, TEDs e DOCs gratuitos (até certo limite) e transferências gratuitas para contas do mesmo banco.

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Diferença entre banco digital e banco digitalizado

O banco digital é aquele que já nasceu no meio on-line. O digitalizado, por sua vez, é o banco tradicional, com estrutura física, mas que oferece algumas operações por meio de aplicativos e internet banking. Apesar disso, por vezes, a opção digitalizada requer que o cliente vá até uma agência ou caixa eletrônico para desbloquear determinadas ações no aplicativo ou no internet banking.

Segurança dos bancos digitais

Para garantir a segurança dos clientes, os bancos digitais – assim como os tradicionais – precisam ser autorizados pelo Banco Central do Brasil a operarem no país. “Além disso, eles possuem protocolos de segurança on-line muito rígidos, já que todas as suas atividades são feitas no meio cibernético”, explica Antônio Dias Stein.

Inclusive, a Resolução nº 4.658/2018, do Banco Central do Brasil, determina que essas instituições devem ter uma “política de segurança cibernética” e determina “requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem”.

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Ainda segundo Antônio Dias Stein, algumas instituições investem o dinheiro que está na conta de seus correntistas em RDBs (Recibos de Depósito Bancário) ou em Tesouro Direto. “Ou seja, mesmo que o banco quebre, o seu dinheiro ou está coberto pelo FGC [Fundo Garantidor de Créditos] (no primeiro caso) ou no investimento mais seguro do país, sob custódia do governo (no segundo)”, esclarece.

Cuidados importantes

Mesmo com a regulamentação do Banco Central do Brasil e medidas tomadas pelas instituições financeiras, alguns cuidados, por parte dos usuários, também devem ser tomados para garantir a segurança de dados e dinheiro. Para Afrânio Alves, planejador financeiro e especialista em investimentos, é importante ter cautela ao sacar dinheiro e usar cartão de crédito ou débito, ao usar equipamentos e redes de Wi-Fi públicas para acessar a conta e ao armazenar e acessar as senhas da conta.

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