AVENTURAS NA HISTÓRIA

‘Assassin’s Creed Mirage’: Historiador revela curiosidades do novo jogo da franquia

Em entrevista exclusiva, o historiador Raphael Weyland contou detalhes do processo de criação do novo jogo da Ubisoft

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Cenário do novo jogos de Assassin’s Creed (Crédito: Divulgação / Ubisoft)

Em comemoração ao 15° aniversário da franquia Assassin’ Creed, um novo jogo foi lançado no último dia 5, o ‘Assassin’s Creed Mirage’, que acompanha a história de Basim Ibn Is’haq, um ladrão de rua atormentado por pesadelos e visões. O jogador acompanha o personagem até sua ascensão como mestre dos Ocultos, o pioneiro grupo da Ordem dos Assassinos, que aparece em outro jogo da franquia.

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A Ubisoft apostou em um personagem que já é conhecido pelo público, o que faz com que o jogo induza o jogador a viver uma experiência realmente imersiva no universo da franquia. Agora, a trama se passa em Bagdá, no ano de 861, cerca de 900 anos depois de Origins e uma década antes de Valhalla.

O especialista na história do Oriente Médio, Raphael Weyland, se juntou à equipe da Ubisoft para auxiliar na reprodução do cenário do jogo, uma parte importante para a construção da narrativa dos personagens. A fim de retratar a história com a maior fidelidade possível, a produtora do jogo não mediu esforços e contratou uma equipe especializada para tentar “recriar” essa ambientação.

Em entrevista exclusiva ao site Aventuras na História, Weyland deu detalhes do processo de criação do jogo que promete fazer jus à fama da saga de jogos de aventura.

Decisão pelo local

Assassin’s Creed possui uma tradição de explorar locais reais e mitológicos em suas narrativas. Segundo Weyland, retratar a história em Bagdá fazia muito mais sentido para o universo da franquia.

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“A franquia começou no Oriente Médio, com Jerusalém e outras cidades. Então, decidimos que queríamos voltar ao Oriente Médio, onde tudo começou, com uma história centrada nos que vieram antes dos Assassinos, na verdade, em nossa mitologia, os ‘Eden Ones’. Foi por isso que escolhemos uma localização no Oriente Médio como o local principal”.

Cenário do novo jogos de Assassin’s Creed – Crédito: Divulgação / Ubisoft

“Queríamos que a história fosse contada mais ou menos na mesma época que Valhalla, o jogo que veio antes na franquia, ou seja, no século 9. E quando decidimos o Oriente Médio e o século 9, havia praticamente um lugar para onde ir. Seria Bagdá, porque Bagdá, no século 9, era a capital do Império Abássida. Era a cidade mais importante da região, pelo menos, uma das maiores cidades do mundo na época. Então, para nós, ficou bem claro quando decidimos ir para o Oriente Médio […] que precisávamos ir para Bagdá”, disse Raphael.

Ao mesmo tempo, ele também revelou que existiram alguns desafios para tentar deixar a produção fiel à realidade.

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“No caso de Bagdá, um dos desafios que tivemos é que Bagdá ainda existe hoje. Ainda está lá, mas não se parece em nada com a cidade do século 9, porque o tempo passou, séculos se passaram, e bem, eles decidiram derrubar alguns prédios para construir outros”.

Processo de criação

Além das diversas visitas feitas à atual Bagdá para encontrar referências, o historiador contou que, apesar das mudanças que o local sofreu, algo que os ajudou a realizar estudos sobre as características da cidade foram textos.

Segundo Raphael, muitos viajantes escreviam textos descrevendo os detalhes de como era Bagdá em períodos próximos, assim foi possível criar mapas para serem utilizados como base para ‘Assassin’s Creed Mirage’.

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O historiador também conversou sobre o futuro da franquia. Ao mesmo tempo, ele também discute a respeito da possibilidade de um game ambientado na América do Sul.  Confira a entrevista completa com o historiador Raphael Weyland:

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