O Chef culinário Erick Jacquin usou seu Instagram para criticar a ação da Marinha de afundar o porta-aviões São Paulo. Ele alertou para a liberação de material tóxico no mar e dos riscos para quem consome peixes e frutos do mar.
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Nos comentários, internautas discordaram do posicionamento do Chef e apontaram que a fala poderia ser um exagero e pediram mais “racionalidade”. Um dos seguidores sugeriu que Jacquin e os internautas busquem o relatório sobre a decisão da Marinha do Brasil e não deem vazão aos “julgamentos precipitados”.
AFUNDAMENTO DA EMBARCAÇÃO
A embarcação desativada está a deriva na costa brasileira há meses depois de ser proibido de entrar no Brasil e no exterior por conter amianto na composição. Em nota, a Marinha afirmou que “O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”.
A decisão veio após liberação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) depois de rejeitar o pedido do Ministério Público Federal (MPF) alegando grave risco ambiental. Uma inspeção da Força Naval, no entanto, averiguou que o casco da embarcação já estava danificado e o porta-aviões estava enchendo de água tornando o naufrágio inevitável.
Com os riscos de dano ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) pediu informações para estudar alternativas de redução dos danos. O Instituto ressaltou que apesar de a embarcação não transportar material tóxico, a composição dele próprio possui componentes tóxicos que poderiam ser prejudiciais.
Um desses componentes é o amianto, uma fibra mineral proibida em mais de 60 países por ser considerada tóxica. No Brasil, a proibição total foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017.
Depois que a empresa MSK, responsável pelo transporte da embarcação entre o Brasil e a Europa, ameaçou abandonar a embarcação em alto mar a Marinha reassumiu o controle do porta-aviões. Em nota, a organização confirmou que o afundamento do navio foi feito em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 quilômetros costa brasileira e com profundidade aproximada de 5 mil metros.
A Marinha explicou que cinco motivos levaram à escolha do local. A localização dentro da área da Zona Econômica Exclusiva do Brasil; localização fora de Áreas de Proteção Ambiental; área livre de interferências com cabos submarinos documentados; área sem interferência de projetos de obras sobre águas ou área com profundidades maiores que 3 mil metros.
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