A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, por difamação e injúria contra a deputada estadual Luciana Genro (PSOL). A decisão, proferida na última sexta-feira (23), estabeleceu uma pena de 1 ano, 1 mês e 2 dias de prisão.
Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, em março de 2020, Nego Di proferiu ofensas contra a deputada, chamando-a de “velha sem vergonha” e “velha maconheira e sem vergonha”. O vídeo teve uma grande repercussão, alcançando mais de 150 mil visualizações.
Após a polêmica, Nego Di defendeu-se alegando que se tratava apenas de um humor ácido e provocativo. No entanto, a Justiça considerou que as ofensas ultrapassaram o limite do aceitável, comprometendo a honra e a dignidade da deputada.
A sentença substituiu a pena de prisão por medidas restritivas de direitos, uma vez que a condenação foi inferior a quatro anos. De acordo com a decisão judicial, Nego Di deverá cumprir a pena por meio de prestação de serviços à comunidade, uma hora por dia, durante o período total da pena.
Além disso, o humorista terá que pagar à vítima, ou a uma entidade pública ou privada com destinação social, o valor correspondente a 5 salários-mínimos. Luciana Genro celebrou a condenação nas redes sociais, afirmando que espera que essa decisão sirva de exemplo para outros difamadores.
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Prisão de Nego Di
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) esclareceu que a liberdade de expressão é um direito relativo e que o humor não deve servir como justificativa para ofensas sérias. Trecho da sentença destaca: “O humor veiculado por qualquer meio de comunicação não traz consigo salvo-conduto ou um escudo para ofensas e ataques que atinjam a honra, a dignidade e a imagem de pessoas”.
O influenciador Nego Di ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão judicial. Ele também está preso desde 14 de julho na Penitenciária Estadual de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, por suspeita de estelionato.
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