NOVA YORK

Quem é Raquel, primeira mulher trans e negra a cantar no palco da ONU?

Raquel é ex-integrante dos grupos As Baías e Cozinha Mineira, além de empresária e ex-aluna da USP

Raquel faz história nesta quinta-feira (14). A cantora irá se apresentar em Nova York, no evento Pacto Global da ONU - Rede Brasil, que acontece em paralelo à 68ª Comissão Sobre a Situação da Mulher (CSW).
Raquel – Crédito: Divulgação

Raquel faz história nesta quinta-feira (14). A cantora irá se apresentar em Nova York, no evento Pacto Global da ONU – Rede Brasil, que acontece em paralelo à 68ª Comissão Sobre a Situação da Mulher (CSW).

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A ex-integrante do grupo As Baías será a primeira mulher trans e negra a se apresentar na sede das Nações Unidas. A performance, contará com homenagens a importantes nomes da comunidade LGBTQIA+. Além de versões de canções de Rita Lee e Elza Soares.

Em entrevista para a revista QUEM ela desabafa. “Estou sentindo 1% do que a Anitta deve sentir ao construir uma apresentação no exterior. Precisei criar várias articulações e existem limitações por eu estar fora do meu país. Parecia até um filme de comédia romântica. As coisas dão errado, mas logo depois dão certo”.

Quem é Raquel

Raquel Virginia é ex-aluna do curso de História da Universidade de São Paulo (USP). Hoje, é empresária, empreendedora, CEO de uma agência de diversidade e duas vezes indicada ao Grammy Latino por sua trajetória com o grupo As Baías e a Cozinha Mineira. Dentro da universidade a artista conheceu Assussena e Rafael e, juntos, formaram as bandas das quais Raquel fez parte.

Em 2021, criou a Nhaí, startup que acelera inovação em empresas e marcas a partir da diversidade. seu catálogo de serviços constam consultorias customizadas, curadoria e projetos autorais.

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Em 2022, criou o Contaí, primeira plataforma de aceleração de empreendedores LGBTQIA+ do Brasil. Hoje, conta com mais de 2 mil empreendedores impactados nos últimos oito meses.

Ainda para a revista Quem, ela conta que já cantou com Elza três vezes, uma das homenageadas da apresentação. “Foi muito potente essa mulher negra, que seguiu cantando até os seus 90 anos, dividir o palco com uma travesti. Digo que foi o momento mais emblemático da minha carreira. Até hoje me lembro do olhar de Elza”.

Futuro

A luta de Raquel como uma cantora trans no Brasil é continua. Ela conta que o seu maior desafio foi entrar no universo pop. “O pop é uma diversão. Eu já faço paralelamente um trabalho denso e de luta por meio da minha visibilidade como pessoa pública. Agora estou permitindo que a minha voz também divirta, leve dança, liberdade, magia e entretenimento”. 

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Por fim, a empresária explica que ao assinar o contrato com a gravadora Warner, existe uma margem para futuramente explorar uma carreira internacional, mas a principio esse não é o seu foco. Ela pretende reconquistar o Brasil com a nova linguagem que está trazendo. O novo single da cantora, Da me Más, fica disponível a partir de sexta-feira (15) e clipe será lançado meio-dia.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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