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Quem foi Márcio Souza, autor de ‘Mad Maria’ que faleceu hoje aos 78 anos?

Autor de diversas obras importantes, ele conseguiu capturar a essência da região e transformá-la em literatura de alta qualidade

Sua obra mais notável, "Mad Maria", foi adaptada para a televisão pela Globo em 2005, sob a direção de Benedito Ruy Barbosa
Sua obra mais notável, “Mad Maria”, foi adaptada para a televisão pela Globo em 2005, sob a direção de Benedito Ruy Barbosa – Crédito: Reprodução

Márcio Souza é uma figura emblemática na literatura brasileira, especialmente quando o assunto é a Amazônia. Autor de diversas obras importantes, ele conseguiu capturar a essência da região e transformá-la em literatura de alta qualidade. Sua obra mais notável, “Mad Maria“, foi adaptada para a televisão pela Globo em 2005, sob a direção de Benedito Ruy Barbosa.

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Nasceu em Manaus e desde cedo mostrou interesse pelas ciências humanas, inclusive estudando Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Márcio Souza também deu aulas no exterior, sendo professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente em Stanford, Austin, e Dartmouth nos Estados Unidos.

Márcio Souza e “Mad Maria”

“Mad Maria” é sem dúvida a obra que mais destaca a carreira de Márcio Souza. O livro aborda a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, um projeto ambicioso que passou por inúmeros desafios. Essa narrativa cativante foi adaptada para a TV pela Globo em 2005, transformando-se em uma minissérie de grande sucesso.

A adaptação televisiva mostrou não só o talento de Márcio Souza como escritor, mas também a relevância histórica e cultural desse projeto ferroviário para o Brasil. A minissérie, dirigida por Benedito Ruy Barbosa, trouxe um novo público para a obra, ressuscitando o interesse pelo autor e suas outras contribuições literárias.

Quem foi Márcio Souza?

Além de “Mad Maria”, Márcio Souza contribuiu extensivamente para a literatura sobre a Amazônia. Ele escreveu obras como “Amazônia Indígena“, “A Caligrafia de Deus“, “Operação Silêncio“, “Galvez, o Imperador do Acre“, “O Fim do Terceiro Mundo” e “Lealdade“. Este último lhe rendeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 1997.

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Márcio Souza também teve uma carreira produtiva no teatro, escrevendo peças como “A Paixão de Ajuricaba” e “As Folias do Látex“, além de dirigir o filme “A Selva“. Sua versatilidade artística se estendeu também à presidência da Funarte e à direção da Biblioteca Nacional.

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A influência de Márcio Souza na literatura e cultura brasileira é imensurável. Ele ocupava a cadeira nº 25 da Academia Amazonense de Letras e foi diretor da Biblioteca Pública do Amazonas. Seu trabalho destacou questões sociais e culturais importantes da Amazônia, trazendo um olhar profundo e crítico sobre essa região tão significativa do Brasil.

A sua dedicação à literatura e à cultura amazônica não parou por aí. Márcio Souza foi um dos principais responsáveis por promover a literatura da região para o resto do Brasil e do mundo, seja através de suas obras ou de sua atuação em instituições culturais.

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