Hollywood em greve? Milhares de roteiristas de cinema e televisão entram em greve, a partir desta terça-feira (02), colocando Hollywood em turbulência cinematográfica enquanto o setor de entretenimento enfrenta um tsunami em razão do boom global da popularidade das plataformas de streaming.
O sindicato Writers Guild of America (WGA) convocou sua primeira greve em 15 anos depois de não conseguir chegar a um acordo para salários mais altos de estúdios como Walt Disney e Netflix. A última greve perdurou por 100 dias e custou à economia do estado americano da Califórnia (a meca do cinema) mais de US$ 2 bilhões.
Alguns programas de talk show da televisão dos Estados Unidos, como, por exemplo, os apresentados por Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon, devem interromper de imediato as suas produções em razão da greve.
Uma greve prolongada pode afetar toda uma cadeia de produção das séries de TV programadas para estrear no outono do hemisfério norte, entre setembro e novembro.
O WGA emitiu um comunicado em seu site afirmando que “o comportamento das empresas criou uma ‘economia gig’ dentro de uma força de trabalho sindicalizada, e sua postura inflexível nesta negociação traiu um compromisso e desvaloriza ainda mais a profissão de roteirista” .
O conceito de economia gig (gig economy em inglês), que também pode ser chamado de “economia compartilhada”, é quando empresas ou empregadores optam por contratar funcionários independentes – freelancers – em vez de contratar funcionários em período integral.
O WGA representa cerca de 11.500 roteiristas em Nova York, Los Angeles e em outras cidades americanas. Os trabalhadores se organizaram para começar a fazer piquetes fora dos estúdios de Hollywood a partir da tarde desta terça-feira (o2).
#Writersstrike picketers chant “5, 6, 7, 8, Warner Bros. negotiate” outside the WB studio lot pic.twitter.com/PpUItPb6Iw
— The Hollywood Reporter (@THR) May 2, 2023