REALIDADE FORA DAS TELAS

‘The Last of Us’: fungo zumbi da série existe mesmo?

O ‘Cordyceps’ tem capacidade de transformar e controlar o corpo do hospedeiro.

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Pôster de ‘The Last of Us’ (Crédito: Divulgação/ HBO Max)

A série da HBO Max  ‘The Last Of Us’ estreou neste mês e já conquistou um público de respeito pelo mundo. A produção é baseada em um jogo de sucesso que mostra uma realidade pós-apocalíptica, onde o planeta é destruído por zumbis enquanto os sobreviventes lutam pela vida. Os protagonistas são Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey).

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A tragédia é causada pelo fungo Cordyceps que passa a infectar humanos em massa. Porém, o que nem todos imaginam é que esse organismo existe fora das telas e é, inclusive, encontrado no Brasil!

O FUNGO

O fungo é um endoparasita de artrópodes. Seus principais alvos são as formigas, mariposas e larvas de florestas tropicais. Eles se desenvolvem dentro do hospedeiro e prejudicam funções motoras e nervosas dos insetos ou outros artrópodes (animais com patas articuladas) infectados.

Os esporos de Cordyceps levam os insetos a comportamentos erráticos, aparentemente assumindo o controle de suas mentes e, dessa forma, provocam a comparação com os ‘zumbis’ vistos em ‘The Last of Us’.

A relação que, especificamente, inspirou a série foi a que acontece entre a espécie Ophiocordyceps unilateralis sensu latu e as formigas. Depois de contaminado, o hospedeiro passa a ser controlado aos poucos pelo fungo, passando pelas estruturas musculares até alcançar o amplo funcionamento do sistema nervoso central. O processo é fatal e dura cerca de duas semanas.

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O fungo não chega a contaminar mamíferos, muito menos pessoas.

Sandro Matas, neurologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, esclarece: “Precisamos ser cautelosos com qualquer teoria vista em uma série, filme ou jogos eletrônicos. Não há indícios em estudos científicos que seria possível a postulação afirmada no filme: infectar e tomar o controle do sistema nervoso humano”.

ALIADOS 

Os fungos são benéficos e de grande utilidade aos humanos. Muitos são utilizados, por exemplo, em medicamentos, na culinária e no desenvolvimento de avanços científicos.

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Existem mais de 750 espécies do fungo Cordyceps, ele é amplamente estudado pela comunidade científica principalmente na medicina chinesa e não representa qualquer risco aos seres humanos. O corpo humano possui anticorpos e sistemas de defesa para evitar uma infecção pelo fungo Cordyceps, não há razão para se preocupar, pelo contrário, os seus benefícios há milhares de anos é observado na medicina oriental, agora avaliada pela medicina contemporânea ocidental”, finaliza Matas.

 

 

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