A morte de um adolescente de 17 anos pela “doença do tatu” foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Simões, no Piauí, nesta quarta-feira (24). Segundo o Ministério da Saúde, essa é uma das dez principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias no Brasil.
De acordo com a SMS de Simões, o adolescente morreu no último sábado (20), mas a confirmação da causa da morte só foi divulgada nesta quarta (24).
Além do adolescente que morreu, mais dois rapazes foram diagnosticados com a doença. O irmão da vítima, de 14 anos, recebe tratamento domiciliar. No entanto, um amigo dos irmãos, de 22 anos, está internado em estado grave. Os três foram caçar tatus há cerca de um mês e, pouco tempo depois, passaram a apresentar sintomas.
Segundo a SMS, a transmissão da “doença do tatu” acontece pela “inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco)”. A secretaria ainda destaca que “a associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com as tocas (buracos), onde o solo está contaminado pelo fungo”.
Sintomas da doença
Como informado pelo Ministério da Saúde, a entrada do fungo no organismo acontece pelas vias respiratórias e, normalmente, os primeiros órgãos afetados são os pulmões, pele, mucosas, adrenais, sistema nervoso central, fígado e ossos.
Os sintomas incluem lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, ínguas, comprometimento pulmonar e emagrecimento. A “doença do tatu” é considerada, pelos médicos, um caso extremamente grave e que tem alta taxa de letalidade entre infectados mais jovens, como crianças e adolescentes.
A Secretaria de Saúde de Simões, no Piauí, confirmou uma morte por paracoccidioidomicose, popularmente conhecida como “doença do tatu”.
Em contato com o solo das tocas a pessoa se contamina com o fungo.
Morcego, macaco, tatu… a coisa tá feia.
A culpa é do ser humano nisso tudo pic.twitter.com/HAJ6we19Ns— ℹ️IaraGB 🇧🇷 (@iaragb) August 25, 2022