As provas do atletismo adaptado dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), na categoria para pessoas com deficiência intelectual, mostraram mais uma vez todo o poder de inclusão do esporte, ao reunir estudantes-atletas de 12 a 14 anos de todo o Brasil. As competições começaram no final de semana e terminaram nesta segunda (30), no Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB).
No atletismo adaptado, os JEB’s 2023 tiveram seis provas: salto em distância, arremesso do peso e 80m rasos, todas no masculino e feminino. Além disso, foram disputadas duas provas de atletismo integrado: as do revezamento 5 x 80m no masculino e feminino. No revezamento integrado, cada equipe participa com 2 atletas e 3 atletas do paradesporto.
Ao fim das competições, a fala de Vitória Castro, estudante-atleta de 12 anos do Tocantins, resumiu a importância que o esporte tem como ferramenta para incluir, garantir dignidade e formar cidadãos.
“Quando ganhei a medalha, me senti como a garota mais popular do mundo. Sempre me sinto excluída na escola, mas estou muito feliz por ter recebido a prata. Quero continuar sendo uma atleta”, contou, emocionada, a menina, que representou a escola estadual Rezende Almeida (TO).
Para Nayara Falcão, diretora de projetos da Secretaria de Paradesporto do Ministério do Esporte, o esporte precisa refletir a diversidade do mundo.
“Nesse primeiro momento, há uma prova que inclui pessoas com deficiência. Isso já é uma mensagem importante para que consigamos realizar jogos escolares com a união de todos. A diversidade faz parte da nossa sociedade, enquanto a individualidade reina. Não existe nenhum ser humano igual ao outro. Então, por que prestigiar apenas uma categoria que não tem deficiência?”, questionou Nayara, que participou da premiação das provas nesta segunda.