Na manhã deste sábado (25), o Brasil encerrou sua participação no Mundial de atletismo paralímpico no estádio Kobe Universiade Memorial Stadium com a conquista de seis medalhas.
O destaque foi a medalha de ouro alcançado pelo gaúcho Wallison Fortes na prova dos 200 metros T64 (para amputados de membros inferiores com prótese).
E na última prova em #Kobe2024, deu MEDALHA DE OURO PARA O BRASIL!🇧🇷
Nos 200m T64, Walisson Fortes fez 23s11, caiu no chão, mas levantou como campeão mundial!!🥇
Você brilhou demais, estreante! E pode ter certeza que o Rio Grande do Sul está muito orgulhoso do seu resultado no… pic.twitter.com/YGC7sJ8Ddj
Publicidade— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 25, 2024
Além disso, a equipe brasileira subiu ao pódio com a prata de Thalita Simplício e os bronzes de Jerusa Geber, Lorraine Aguiar, Rayane Soares e Rodrigo Parreira.
Wallison Fortes, estreante na competição, venceu a prova dos 200 metros T64 de forma emocionante, sofrendo uma queda, o que levou o photo finish a determinar a medalha de prata.
No entanto, o italiano Francesco Loragno, medalhista de ouro até então, foi desclassificado por invadir a raia adversária, garantindo a Wallison o primeiro lugar e uma vaga potencial nos Jogos de Paris, conforme critérios do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
“Estou muito feliz porque isso [essa vitória] garante a minha vaga nos Jogos Paralímpicos. Foi uma bela estreia em Mundiais. Não é mérito só meu. É de toda a equipe. Foi um momento muito difícil, ver a nossa casa muito afetada pela chuva, meus pais passando por aquela situação. Mas isso me encorajou”, declarou Wallison, nascido em Eldorado do Sul, um dos locais mais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Novo recorde
Na prova dos 200 metros T11 feminino, a chinesa Cuiqing Liu estabeleceu um novo recorde mundial, com Thalita Simplício conquistando a prata e Jerusa Geber o bronze.
Outros bronzes do Brasil foram alcançados por Lorraine Aguiar nos 200 metros T12, Rayane Soares nos 400 metros T13 e Rodrigo Parreira no salto em distância T36.
Com estas medalhas, a seleção brasileira terminou o Mundial de Kobe na segunda posição do quadro geral de medalhas, com 42 no total (sendo 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes).
A liderança foi da China, com 33 ouros, 30 pratas e 24 bronzes. “A gente sai daqui [Kobe] com um sentimento de alegria, uma sensação de dever cumprido. Mas, por outro lado, com sentimento de um baita desafio e de muita expectativa para os Jogos Paralímpicos de Paris, que são o nosso principal objetivo do ciclo”, avaliou Mizael Conrado, presidente do CPB.